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Batata puxa alta de 8,66% na cesta básica em Campo Grande, diz Dieese

Entidade diz que produtos agrícolas foram os responsáveis pelo índice.Dos 13 produtos da cesta individual, 12 subiram de preço.

Batata foi o produto que teve a maior variação de preços em Campo Grande no mês de novem bro (Foto: Davidson Fortunato/G1)

A variação expressiva nos preços dos produtos agrícolas foi a principal responsável pela alta de 8,66% no preço da cesta básica em Campo Grande no mês de novembro em relação a outubro, passando de R$ 339,20 para R$ 368,59. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (9), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Segundo o Dieese, a elevação registrada em Campo Grande para os produtos da cesta básica individual foi a segunda maior entre as 18 capitais em que a entidade faz a pesquisa, ficando atrás apenas da variação de Brasília, que foi de 9,22%.

O departamento aponta que desde outubro se observa uma trajetória “ascendente de preços” nos itens da cesta básica na cidade, tanto que em novembro, dos 13 produtos, 12 registraram elevação. As maiores foram justamente dos produtos agrícolas: batata, 51,98%; tomate, 43,39% e banana, 24,09%.

O Dieese destaca que os aumentos destes três itens podem ser creditados as “variações climáticas”, bem como à “paralisação dos caminhoneiros”, o que afetou consideravelmente o mercado interno, além do “acréscimo com a cobrança dos fretes” no estado.

No mês, o único produto que teve queda de preços foi a manteiga, com 3,48%. A entidade destaca que no caso do item e de outros da cadeia do leite e derivados, o “processo de repasse de preços tem sido amenizado pela possibilidade de substituição dos produtos e de estoques” das mercadorias.

Desde o início do ano, a variação no custo total da cesta básica em Campo Grande é de 19,55%, e está um pouco abaixo do acumulado nos últimos 12 meses, que chegou aos 21,37% .

Com o aumento registrado em novembro, o trabalhador que recebe um salário minimo por mês (R$ 788) está comprometendo uma parcela maior de sua remuneração, 50,84% do valor liquido (já com o desconto da previdência) para adquirir os produtos que compõem a cesta básica individual.

Já em relação a cesta básica familiar, que seria o suficiente para atender uma família com dois adultos e duas crianças, o valor em Campo Grande chegaria a R$ 1.105,77, o equivalente a 1,4 vezes o salário mínimo bruto.

O Dieese calcula ainda que para que o trabalhador brasileiro pudesse atender as suas despesas e de sua família, o salário mínimo necessário no país deveria ser de R$ 3.399,22, no mês de novembro.

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