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Brasil anuncia grupo de chanceleres para mediar a crise na Venezuela

Durante a posse da nova presidente do Chile, o Brasil anunciou a formação de um grupo de chanceleres de países sulamericanos para mediar na crise da Venezuela.

O Chile é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil na América Latina, depois de Argentina e México. Em contrapartida, o Brasil é o principal destino dos investimentos externos do Chile. Além da boa relação comercial que se pretende ampliar, o Brasil preza o território chileno por sua posição estratégica: a saída para o Oceano Pacífico, que encurta o caminho para os mercados da Ásia. Com a volta da socialista Michelle Bachelet ao poder, depois de quatro anos, a afinidade fica ainda maior. E coube a outra mulher a entrega da faixa presidencial: Isabel Allende, filha de Salvador Allende, o presidente deposto pelo Golpe Militar que é agora presidente do Senado.

Dilma Rousseff estava entre os chefes de estado e de governo presentes na cerimônia. Nicolas Maduro, presidente da Venezuela, não foi. Bachelet teria uma delicada reunião com Maduro, depois que a crise no país já deixou 21 mortos e provocou uma divisão entre os partidos que formam a coalizão de governo de Bachelet.

A tensão na Venezuela será tratada por ministros das Relações Exteriores da Unasul (União das Nações Sulamericanas) na quarta-feira (12). O grupo deve criar uma comissão para acompanhar a crise. Criar uma comissão pode ser, inclusive, com representantes de todos os países da região. Além disso, poderá fazer a interlocução pela construção de um ambiente de acordo, consenso e estabilidade na Venezuela. É isso o que vai acontecer, anuncia a presidente Dilma Rousseff.

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