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Brasil é o pior colocado em ranking que avalia retorno dos impostos

EUA, Austrália e Coreia do Sul são os países que melhor aplicam tributos.O Brasil está em último lugar, atrás de vizinhos como Argentina e Uruguai.

O Brasil apareceu como o pior colocado em um ranking que mediu o retorno dos impostos à população. Esse ranking é formado pelos 30 países com maior carga tributária do mundo.

Depois do trabalho, três amigas voltam juntas para casa e, durante todo o trajeto, elas têm uma outra companhia: os impostos. Os encargos estão no lanche rápido (de 32,31%) e na passagem do ônibus (de 33,75%), que são pagos sem perceber.

“Tudo está embutido, na verdade, porque nós temos pouco conhecimento e não sabemos que em tudo há o imposto e nós pagamos”, diz Adriana Carvalho, funcionária de creche.

Nem mesmo dentro de casa a gente deixa de pagar imposto. Quando acende a luz ou fala ao telefone ou, ainda, quando abre a torneira. Em todas essas contas, a carga de tributos é altíssima. E o mais grave: segundo uma pesquisa, o Brasil é o pais que oferece o pior retorno para a sociedade.

A conclusão é de um estudo que, pela quinta vez, compara 30 países com a maior carga tributária em relação ao PIB. O levantamento verifica se o que é arrecadado está voltando em serviços de qualidade para a população.

“Escola. Tem uma filha em escola pública, falta professor. Ela tem voltado muito para casa, é horrível. O transporte, então, você vem igual a uma lata de sardinha”, lamenta Adriana Oliveira Bastos, também funcionária de creche.

Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul são os países que melhor aplicam os tributos arrecadados. O Brasil está em último lugar, atrás de vizinhos como Argentina e Uruguai.

Um dos coordenadores da pesquisa diz que a atual arrecadação no país é recorde, mas mal direcionada. “Chama a atenção o fato de o nosso país, nas cinco edições entre os países de maior carga tributária do mundo, estar sempre na última colocação em relação ao retorno à população. E, pelo que nós vimos aí, se a política continuar dessa forma, nós vamos ficar nessa posição ainda por algum tempo”, aponta João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.

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