Buscar

Brasileiros relatam sensação durante terremoto na Itália: A cama tremia

Som do tremor é assustador, conta gaúcho em cidade que foi evacuada.Parece que você está em um barco, diz brasileira que mora em Roma.

Brasileiros que estavam em regiões atingidas pelo terremoto que destruiu cidades no centro da Itália e deixou 120 mortos na Itália relataram o susto que levaram ao serem acordados pelos fortes tremores na madrugada de terça-feira (23). O Itamaraty informou que não há registro de brasileiros entre as vítimas.

Brasileira relata tensão após tremor na Itália (Foto: Priscila Haydée/ Arquivo Pessoal)

"Eu e meu namorado estávamos dormindo quando acordei achando que ele estava tendo uma convulsão porque a cama tremia muito. Só quando olhei para a porta e vi que também tremia é que percebi que era um terremoto e começou o desespero”, conta Priscila Haydée, de 30 anos, natural de Taubaté, no interior de São Paulo.

Ela conta que as pessoas se desesperaram por lembrarem do grande tremor de 2009 de magnitude 6,3, que deixou mais de 300 mortos na região de LAquila.

“As pessoas se mobilizaram muito rápido depois do primeiro reflexo. Algumas deixaram a casa para se abrigarem no carro. Buscávamos informações com a defesa civil a todo momento”, disse.

Priscila Haydée está em Roma há um ano e meio cursando doutorado em cinema. Esse é o primeiro tremor desde que ela chegou ao país.

A estudante conta que foram três tremores de cerca de vinte segundos, o primeiro às 3h36 (22h36 desta terça, 23, no horário de Brasília). Ela descreve o momento como um dos mais longos que já passou.

É como se você estivesse em um barcoA brasileira Luciana Migliaccio, que mora há 20 anos na Itália, falou à GloboNews sobre o que sentiu durante o terremoto. "É uma sensação muito dificil de explicar. É como se a gente estivesse em um barco. Você sente enjoo, tontura, começa a sentir que está tremendo sempre. É complicada a situação física e emocional", descreve.

Luciana diz que levantou com a cama tremendo e desceu do prédio levando uma lanterna e uma garrafa de água. "Descemos porque ficamos com medo. A orientação é pegar lanterna, vestir um tênis e um casaco e ficar em um lugar onde não caia nada na cabeça da gente. Fomos para o meio da rua e ficamos lá por algumas horas. Sentimos um segundo terremoto depois", conta.

"Em Roma, onde eu estou, tremeu bastante, mas nada caiu. Outras cidades foram totalmente destruídas", diz a brasileira, que agora está mais calma, mas já deixou pronto um kit de sobrevivência com uma troca de roupa, lanterna, água e biscoitos para o caso de uma réplica que exija outra saída de casa.

Minha cama parecia uma gelatina

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.