Cidade onde houve morte por gripe está sem vacina até dia 10

A vítima que morreu por conta de H1N1, em Três Lagoas, em abril, estava no grupo considerado de risco pelo Ministério da Saúde. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, a paciente de 30 anos era portadora de síndrome de down.

Essa situação a coloca como pessoa com comorbidade, ou seja, alguém que tem doença que predispõe a desenvolver outra, informou a SES.

Na primeira informação, divulgada ontem (2), a secretaria de Estado havia informado que se tratava de homem, mas a prefeitura do município atualizou o dado hoje (3), identificando a vítima como mulher.

Pelo fato de estar inserida nessa condição especial, ela poderia ser vacinada gratuitamente na rede municipal de saúde. Contudo, a assessoria de imprensa do governo local reconheceu que faltam vacinas e a situação só deve ser regularizada em 10 de maio, próxima terça-feira.

A Secretaria Municipal de Saúde chegou a antecipar a imunização para crianças. A campanha nacional começou no sábado (30) e uma semana antes já houve aplicações. Mas nem todos do grupo de risco que procuraram os postos de saúde a partir do final de semana conseguiram ser imunizados.

Sobre a situação da mulher morta por conta da gripe, o período de vacina talvez não seria eficaz porque ela contraiu a doença antes da campanha nacional.

Três Lagoas tem a meta de imunizar 25 mil pessoas, mas até o momento o Ministério da Saúde enviou 40% desse total.

Uma outra vítima da cidade com suspeita de Influenza passa por atendimento médico especializado. Homem, que não teve a idade revelada, foi para São Paulo para tratamento.

BOLETIM PARCIAL

As vítimas que faleceram por conta da Influenza neste ano em Mato Grosso do Sul foram de Campo Grande (três), Corumbá (1), São Gabriel do Oeste (1) e, agora, Três Lagoas (1).

A Secretaria de Estado de Saúde informou, em 28 de abril, que 21 pessoas foram identificadas com vírus da Influenza H1N1 no Estado. Nesse boletim não constava o paciente de Três Lagoas.

No mesmo informativo consta que ninguém contraiu H3N2 e apenas um paciente foi atendido para Influenza A não subtipado e outro para Influenza B. Ainda houve uma morte registrada por conta de Influenza A não subtipado em Campo Grande.

GRUPO DE RISCO

Terão direito à vacina, conforme orientação do Ministério da Saúde, gestantes em qualquer idade gestacional; crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade; puérperas até 45 dias pós-parto; idosos; profissionais de saúde; indígenas; população privada de liberdade e os funcionários dos presídios, doentes crônicos.