A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle e a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados concederam um prêmio ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, pela atuação durante as eleições de 2022. Governistas criticaram a premiação. A honraria foi aprovada na quarta-feira 9.
A ideia partiu do vice-presidente da comissão, Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), para quem Moraes estabeleceu uma gestão “transparente e eficiente da disputa eleitoral”. O presidente do TSE foi premiado na categoria “Governamental”, que trata da “melhor experiência de transparência e de fiscalização realizada por órgão, entidade, programa ou agente da administração pública ou indireta de qualquer dos Poderes e dos Estados.
O ato irritou deputados que apoiam o presidente Jair Bolsonaro. “O que você está propondo aqui para mim é um absurdo”, disse o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), vice-líder do partido na Câmara. “Nós, deputados federais, estamos acompanhando uma cruzada de abusos desse ministro.”
Sanderson mencionou o bloqueio da conta do deputado federal José Medeiros (PL-MT) no Twitter e afirmou que ele não havia cometido crime. O parlamentar, sexto deputado federal a ter uma rede social suspensa, disse que não foi comunicado sobre o motivo da punição por ordem de Moraes.
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) também protestou contra a premiação, classificando-a como “injustificável”, e ainda criticou a derrota do “voto impresso” no Parlamento. “O Congresso está acovardado”, disse van Hatten. “A Câmara está de joelhos diante do TSE e do STF.”
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