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De 32 mil bebês, mais de 7 mil são gerados por menores em MS, alerta Saúde sobre falta de planejamento

Gravidez precoce está longe de ser raridade

Dados da Secretaria de Saúde apontam a falta de planejamento, entre jovens de Mato Grosso do Sul. Em 2013, de 32 mil bebês, que nasceram vivos, no Estado mais de sete mil foram gerados por meninas com menos de 18 anos. Um número preocupante. Na Capital, uma senhora teve mais de dez filhos. Uma experiência de vida que serve de exemplo do quanto é complicado arcar com a responsabilidade de criar tantas crianças. E como isso pode gerar consequências que podem ser muito sérias.

Mais um caso chega ao Conselho Tutelar. São pelo menos 50 por dia, das mais diferentes situações. O número de meninas menores de 18 anos que engravidam várias vezes e não tem como cuidar de dos filhos só cresce.

A gravidez precoce está longe de ser raridade. Foi o que aconteceu com uma mãe que não quis se identificar, ela foi chamada ao conselho tutelar porque uma das filhas de apenas nove anos, foi encontrada pelo conselho tutelar e fez relatos de abuso. A mulher, de 49 anos tem 12 filhos.

“Ela fugiu da escola, ligaram para o pai dela e encontraram ela no terminal Nova Bahia e eles foram me buscar para resolver, e ver como vai ficar se ela vai ficar com o pai,  ou comigo”, diz a mãe.

O pai também foi chamado e explica que não pode cuidar dos cinco filhos que tem com a ex-mulher, e conta como a menor o encontrou depois de fugir da escola. 

“Ela me chamou, porque eu sou o pai dela, e o primeiro telefone que ela lembrou foi o meu e até mesmo ela estava tentando chegar na minha casa”, diz o pai.

A conselheira tutelar ainda está apurando as informações através dos depoimetos dos cinco filhos menores, mas esse caso já é reincidente, a família já foi atendida pelo conselho que investiga negligência escolar, conflito familiar e abuso.

Para a conselheira esses e outros casos são o exemplo claro de que as famílias estão responsabilizando o estado pela educação e manutenção dos filhos. Os pais deixaram de cumprir suas obrigações. E a falta de orientação cada vez mais é motivo de crianças abandonadas superlotando as casas de abrigo.

Outra história que já chamou muito a atenção  da população e que ainda espera um desfecho é da mãe que deixou  os três filhos menores abandonados em casa por mais de  três dias, o Conselho Tutelar chegou ir até o local, e encontrou as crianças se alimentando de fezes de animais domésticos  a situação está cada vez pior  e o Conselho acredita que as famílias estão deixando a educação dos filhos, por conta do Estado.

Os menores de 5, 3 e 1 ano foram deixados em situação de abandono pela mãe de apenas 19 anos, usuária de drogas. Em uma casa do bairro Estrela Dalva só restaram os brinquedos. A Justiça decidiu que as crianças ficassem em um abrigo e elas estão lá até hoje.

“Hoje como medida de proteção imediata e não localização dos familiares nós realizamos o acolhimentos institucional dessas crianças”, finaliza a conselheira.

No primeiro caso, os filhos já estão com o pai. A mãe que é usuária de drogas será encaminhada para tratamento. 

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