Buscar

Dilma Rousseff veta reajuste de 6,5% na tabela do IR para pessoa física

Veto à correção de 6,5% na tabela saiu hoje no Diário Oficial. Com o veto, continua valendo o teto de isenção de R$ 1.787,77. 

A presidente Dilma Rousseff vetou o reajuste de 6,5% na tabela de Imposto de Renda para pessoa física e ontem (19) o governo anunciou um pacote de medidas para aumentar a arrecadação.

O veto à correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda saiu hoje no Diário Oficial. O governo alegou que a mudança levaria a uma perda de R$ 7 bilhões na arrecadação. Má notícia para quem ganha até R$ 1.903,98 que ficaria isento de pagar o imposto no ano que vem. 

Agora, com o veto, continua valendo o teto de isenção de R$ 1.787,77.  O governo deve corrigir a tabela do Imposto de Renda em 4,5%. Para isso vai ser preciso publicar uma nova Medida Provisória (MP).

“Acho que o governo tem que trabalhar isso com muita responsabilidade. O reajuste de 4,5% é o que nos podemos fazer neste momento”, fala Pepe Vargas, ministro da Secretaria de Relações Institucionais.

Segundo o Sindicato de Auditores Fiscais da Receita Federal, a defasagem na tabela do Imposto de Renda é de 64,28%.

Além do Imposto de Renda, o governo anunciou outras medidas que também mexem no bolso do consumidor. A meta é arrecadar R$ 20,6 bilhões a mais aos cofres públicos, com o aumento de impostos.  Uma das medidas muda o preço dos combustíveis.

Vai ficar mais caro encher o tanque. A Petrobras já anunciou que vai repassar os custos ao consumidor. A Cide, que é uma taxa sobre a venda de combustíveis, e o PIS/COFINS, que estavam zerados, voltam. O preço da gasolina nas refinarias sobe R$ 0,22 e o do diesel R$ 0,15 por litro.

O governo também anunciou o aumento do IOF, o Imposto sobre Operações Financeiras, para quem pede empréstimo aos bancos. O valor agora dobrou. Passou de 1,5% para 3%.

As outras medidas são para importações e cosméticos. A alíquota do PIS/COFINS vai subir de 9,25% para 11,75% para os produtos importados.

Nos casos dos cosméticos, quem compra no setor atacadista vai passar a pagar o IPI - o Imposto sobre Produtos Industrializados, ou seja, terá o mesmo tratamento dos fabricantes.

Com os aumentos dos impostos, os consumidores devem sentir o reflexo em outras áreas. No mercado, por exemplo, os produtos vão chegar mais caros por causa do custo do transporte com o combustível.

O economista José Kobori diz que é hora de economizar em casa. “Com aumento de tributos vai fazer com que a economia cresça menos, e a economia crescendo menos, se produz menos, e traduzindo a população terá menos ganho”.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.