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Dólar sobe ante real, por preocupação com a China.

Na segunda, moeda fechou em R$ 3,6271, após chegar a R$ 3,6845.Em agosto, a moeda subiu 5,91%.

O dólar avançava mais de 1% ante o real nesta terça-feira (1º), em alta pelo terceiro pregão seguido. A alta reflete a aversão ao risco nos mercados externos diante de renovadas preocupações com a China, após dados fracos sobre a indústria na segunda maior economia do mundo, reforçando sinais de mais desaceleração.

Às 13h39, a moeda norte-americana subia 1,06%, a R$ 3,6656. Veja a cotação.

Veja como foi a cotação ao longo dia:Às 9h20, subia 0,63%, a R$ 3,6502.Às 10h10, subia 1,13%, a R$ 3,6683.Às 10h39, subia1,04%, a R$ 3,6650.Às 11h20, subia 1,13%, a R$ 3,6681.Às 12h10, subia 1,29%, a R$ 3,6742.Às 12h48, subia 1,32%, a R$ 3,6751.

Operadores também continuavam apreensivos com as perspectivas para as contas públicas brasileiras, após o governo enviar ao Congresso na véspera Orçamento prevendo inédito déficit primário (gastos maiores que as receitas, sem contar os juros) no ano que vem.Se agosto foi ruim, setembro começa tão mal quanto, escreveu o operador da corretora SLW João Paulo De Gracia Corrêa, em nota a cliente.

Dados da indústria na ChinaA atividade no setor industrial da China encolheu à taxa mais forte em ao menos três anos em agosto, mostrou o índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial.

Preocupações com a economia chinesa, referência para investidores em mercados emergentes e importante parceiro comercial do Brasil, têm provocado apreensão nos mercados globais.

Nervosismo domésticoNo Brasil, o mercado demonstrava cada vez mais nervosismo sobre a perspectiva de perda do selo de bom pagador do país diante da deterioração das contas públicas do país.

Em relatório intitulado Admitindo a Derrota, a estrategista para a América Latina do grupo financeiro Jefferies, Siobhan Morden, afirmou que, ao admitir déficit primário para o ano que vem, o governo completamente paralisa o processo de ajuste. Ela ressaltou ainda que eventual saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do governo não seria mais uma surpresa tão grande quanto há alguns meses.

Swaps cambiaisNesta manhã, o Banco Central brasileiro dará início à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com leilão de até 9,45 mil contratos, equivalentes à venda futura de dólares.

Se mantiver esse ritmo até o penúltimo pregão do mês, como de praxe, o BC rolará o lote integral, correspondente a US$ 9,458 bilhões.

Na véspera, o BC fez leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, mas a intervenção não foi suficiente para evitar que a moeda norte-americana subisse mais de 1% sobre o real. Como nos últimos meses, o Banco Central não fez leilão de swaps cambiais no último pregão de agosto.

VésperaO dólar fechou na véspera em alta de 1,17%, a R$ 3,6271 (veja no vídeo abaixo). O valor de fechamento da segunda-feira é o maior desde fevereiro de 2003, segundo a Reuters.

Em agosto, a moeda subiu 5,91%. No ano, o dólar acumula alta de 36,42%.

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