O dólar comercial fechou em alta de 0,79% nesta sexta-feira (11), a R$ 2,221 na venda. No entanto, a moeda dos Estados Unidos encerra a semana com baixa de 1%. No mês, acumula queda de 2,12% e, no ano, desvalorização de 5,78%.
O resultado desta sexta acompanhou a valorização da moeda norte-americana no exterior.
No mercado internacional, o dólar subiu em relação a diversas moedas após a forte queda das Bolsas norte-americanas na véspera, levando os investidores a buscarem mais proteção.
Na sessão anterior, o índice de tecnologia Nasdaq caiu mais de 3%, a maior baixa em dois anos e meio.
Está todo mundo vendendo e isso impacta no dólar aqui, disse um gerente de câmbio à agência de notícias Reuters.
Mesmo assim, especialistas acreditam que a moeda norte-americana deve voltar a ficar abaixo de R$ 2,20 no curto prazo, basicamente por dois motivos: entrada de dólares no país e atuações do Banco Central brasileiro no mercado de câmbio.
De acordo com a agência de notícias Reuters, a avaliação é de que, neste momento de inflação elevada, manter a moeda norte-americana em níveis baixos ajuda a segurar os preços de importados.
A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo), fechou março em alta de 0,92%, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É maior inflação para março desde 2003, quando o IPCA teve alta de 1,23%.
Nos últimos 12 meses, alta acumulada dos preços é de 6,15%. A meta do governo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%).
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