Buscar

Em São Paulo, morte violenta de PM desaparecida provoca indignação

Perícia afirma que Juliane dos Santos foi executada no porta-malas de um carro

Cb image default
Divulgação

Em São Paulo, a morte de uma mulher provocou indignação pela covardia dos assassinos. Ela era PM e estava desaparecida desde a semana passada.

O corpo da policial militar Juliane dos Santos, de 27 anos, foi encontrado na noite de segunda-feira (6). Estava dentro do porta-malas de um carro abandonado, na Zona Sul de São Paulo.

A perícia encontrou provas de que Juliane foi executada no próprio porta-malas do carro, com um tiro na cabeça. Exames indicam ainda que ela morreu na madrugada de segunda, o que leva a polícia a acreditar que Juliane passou quatro dias nas mãos dos criminosos. Juliane também tinha dois ferimentos a bala na região da virilha.

O corpo foi encontrado a oito quilômetros da favela de Paraisópolis, onde ela foi vista pela última vez, na madrugada de quinta-feira (2).

Segundo testemunhas, a policial estava em um bar quando alguém reclamou do desaparecimento de um celular. Juliane sacou a arma e se identificou como PM.

Logo depois, quatro homens encapuzados chegaram, perguntaram quem era a policial e levaram Juliane para fora. Foram ouvidos dois tiros. A família desconfia dessa versão.

“A Juliane era uma menina muito esperta, muito inteligente, e apesar dela ser uma pessoa muito corajosa, eu não acho que ela ia ter essa falta de malícia”, diz Karine Mariano, prima de Juliane.

Na segunda-feira à noite, a polícia prendeu um homem na favela onde Juliane desapareceu. Ele é suspeito de ter participado do crime.

A moto da policial foi deixada na Zona Oeste de São Paulo um dia depois do desaparecimento dela. A polícia já identificou o rapaz que aparece nas imagens, mas não revelou a identidade dele.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo oferece uma recompensa de até R$ 50 mil para quem levar a polícia até os assassinos de Juliane.

“Ela terminou sendo vitimada pela sua condição de policial e nós não podemos esquecer de uma coisa também: foi um crime cometido contra uma mulher”, afirma o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho.

O enterro de Juliane dos Santos foi no fim da tarde de terça-feira (7), no ABC Paulista.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.