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Evangélicos protestam contra a homofobia na parada gay de SP

Grupo de jovens religiosos empunhava cartazes contra políticos como Eduardo Cunha, Silas Malafaia e Marco Feliciano

Um grupo de jovens evangélicos, que participa da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, neste domingo, saiu em protesto contra a homofobia. Na Avenida Paulista, eles empunhavam cartazes contra políticos como Eduardo Cunha, Silas Malafaia e Marco Feliciano, afirmando que eles não os representaram. Também pedem desculpas pela forma como a igreja trata a comunidade LGBT e divulgam a hashtag #JesusCuraAHomofobia, uma crítica à chamada Cura Gay, defendida por alguns líderes religiosos.

Na sua 19ª edição, a parada gay de São Paulo lota a Avenida Paulista. O primeiro trio elétrico, dos dezoito esperados, circulou pela avenida no começo da manhã e traz uma faixa com a mensagem Fora Cunha, uma referência ao presidente da Câmara dos Deputados, que defende a criação do dia do orgulho heterossexual.

Além da cantora funkeira Valesca Popozuda, o evento conta com a presença de artistas internacionais, com destaque para as três atrizes do elenco de Orange Is the New Black, série do Netflix que mostra a rotina de mulheres um presídio feminino. As atrizes da série americana Natasha Lyonne (Nicky Nichols), Uzo Aduba (Crazy Eyes) e Samira Wiley (Poussey) vão dançar ao som de Valesca Popozuda.

Entre os políticos presentes estão a senador Marta Suplicy e seu ex-marido, o secretário de Direitos Humanos da prefeitua de São Paulo, Eduardo Suplicy.

Com o tema Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim, respeitem-me!, uma paródia da música-tema da novela Gabriela, de autoria do compositor Tom Jobim, o evento começou por volta do meio-dia, em frente ao vão do Masp, e deve terminar em torno das 18 horas, com encerramento na praça Roosevelt. Os ônibus que passam pelas vias bloqueadas irão utilizar vias alternativas. Já o Metrô terá maior oferta de trens nas linhas 1, 2 e 3.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou a Avenida Ipiranga, entre a Avenida São João e a Avenida São Luís. Já a Avenida Paulista fica fechada no sentido Consolação, no trecho entre a rua Teixeira da Silva e Rua Augusta. No sentido contrário, a interdição estará entre a rua Padre João Manuel e a Avenida Brigadeiro Luís Antonio.

Ocorrem bloqueios também na rua da Consolação, em ambos os sentidos, entre a Alameda Santos e a Avenida Ipiranga. Também há interdição da rua Rego Freitas, entre a Consolação e a rua Major Sertório. O último ponto fechado é na Avenida Ipiranga, entre a rua da Consolação e a Avenida São Luís.

A prefeitura de São Paulo cortou em 35% a previsão de verbas para a Parada Gay neste ano. O valor investido na edição de 2015 do evento será de R$ 1,3 milhão, ante R$ 2 milhões no ano passado. Para reduzir os gastos, a administração municipal deixou de financiar a feira cultural LGBT, que ocorre dias antes da Parada, e o camarote vip da Prefeitura. O corte de recursos está ligado às restrições orçamentárias do governo municipal.

(Com Estadão Conteúdo)

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