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Governo anuncia aumento no salário de cubanos do Mais Médicos

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom /Arquivo Agência Brasil)

As anuidades dos cartões de crédito oferecidos no país tiveram aumento de até 85% no período de janeiro de 2013 a 2014, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

Foram pesquisadas as taxas dos cartões dos seis maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú e Santander). De acordo com o Idec, das 209 modalidades de cartões de crédito, 45% tiveram os preços corrigidos entre 4,7% até 85%.

O maior índice foi aplicado pelo banco Bradesco, que reajustou as anuidades de 25 modalidades de cartões, com variações entre 13% e 85%. Entre esses, ficou mais cara a anuidade do cartão Bradesco Seguros e Previdência Internacional (Visa). A tarifa passou de R$ 108,00 para R$ 199,88.Com o maior número de modalidades de cartões, 78, o Itaú Unibanco reajustou as tarifas de 62 cartões de crédito, com índices entre 4,7% até 37,9%. Na sequência, aparece o HSBC, que aumentou a anuidade de quatro cartões, entre 6% e 50%. Já a anuidade de oito cartões do Santander foi corrigida, com índices entre 13% e 26%.

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal não reajustaram as tarifas.

“Infelizmente, de acordo com as normas do CMN (Conselho Monetário Nacional) e BC (Banco Central), essa prática é permitida aos bancos a cada ano e os valores são estabelecidos pelo mercado. Seria razoável que as normas fossem aprimoradas para inibir reajustes tão abusivos”, afirma a economista do Idec, Ione Amorim, por meio de nota.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou hoje (28) um reajuste salarial de 25% para os profissionais cubanos que trabalham no Brasil por meio do Programa Mais Médicos. A partir de março, eles vão passar a receber US$ 1.245.

O salário dos cubanos, atualmente, consiste em US$ 400, pagos pelo governo brasileiro, e US$ 600, pagos pelo governo cubano e retidos em uma conta no país. O aumento anunciado pela pasta, portanto, é US$ 245, sendo que o valor total, a partir de agora, será pago no Brasil.

Segundo Chioro, a negociação com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e com o governo cubano para estabelecer o reajuste salarial já estava em andamento quando ele assumiu o comando da pasta, no início do mês de fevereiro. Houve, de acordo com o ministro, uma determinação da presidenta Dilma Rousseff para que o valor pago aos profissionais cubanos fosse revisto.

Chioro fez questão de ressaltar que não houve aumento dos valores repassados pelo governo brasileiro pela cooperação internacional. “Não vamos gastar um centavo a mais. Vamos continuar pagando o mesmo valor”, disse. O que houve, segundo ele, foi uma alteração nos valores acordados no contrato com o governo cubano.

Chioro rebateu a ideia de que o anúncio do reajuste seria uma resposta à pressão de médicos cubanos como Ramona Rodríguez, que abandonou o programa. “Não há, da nossa parte, nenhuma questão que envolva diretamente pressão dos próprios médicos cubanos, muito menos daquela profissional. Não é o que nos mobiliza. O que nos mobiliza é a necessidade de aprimorar.”

Atualmente, 7,4 mil médicos cubanos atuam no Brasil por meio do Mais Médicos.

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