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Ministério não tem prazo para regularizar sistema do seguro-desemprego

Ainda não ha previsão de restabelecimento, diz superintendente. (Foto: Marcos Ermínio)

O sistema de atendimento que dá aos trabalhadores acesso ao seguro-desemprego continua lento ou, em alguns momentos, fora do ar em Campo Grande. Nos três locais - Funtrab (Fundação do Trabalho), na Funsat (Fundação Social do Trabalho) e Ministério do Trabalho - onde se solicita o benefício, o problema tem gerado filas e espera. Hoje pela manhã (28), na Superintendência Regional do Trabalho, muita gente foi pega de surpresa, desinformada sobre a “pane”. Segundo o superintendente regional do Ministério do Trabalho, Anizio Pereira Tiago, não há previsão para que o sistema se restabeleça, já que todo o processo é desenvolvido em Brasília. “Não é por falta de atendimento. Nós não temos o que fazer, está fora do nosso controle”, explicou o superintendente.

Há aproximadamente dois meses, quando começou a mudança de sistema- migrando de Datamec para Dataprev- o atendimento tem registrado problemas. “Se Brasília muda, nós temos que mudar também. Mas o banco de dados é muito grande e essa lentidão acaba acontecendo. Em alguns momentos, desliga de uma vez”, disse.

Dos 200 atendimentos diários, em média, aproximadamente 160 são para solicitar o requerimento do seguro-desemprego, conforme informou órgão. “A maioria vem por este benefício. Para os outros serviços a procura é bem menor”.

Vindo de São Paulo para a Campo Grande, Denise Taka, 42 anos, não tinha ideia que o atendimento estivesse tão demorado. Há apenas dois meses na cidade, ela precisou se mudar para acompanhar o marido. “Fiz um acordo com a empresa e eles me mandaram embora. Não sabia que estava com problema o sistema. Agora vou esperar, tenho que pegar o dinheiro”, disse surpresa.

Para os que já sabiam do entrave, a espera já era certa. “Já é a segunda vez que venho. Ontem (27) eu vim, mas demorou muito e eu tinha compromisso. Hoje vou pegar outra senha e tentar de novo”, disse o gerente de vendas, Rodrigo Duarte, 37 anos.

Requerimento- Apesar de já existir uma portaria publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, desde 2006, que recomenda as empresas a digitalização do requerimento do seguro- desemprego, praticamente nenhuma delas adotou a orientação. O superintendente do órgão explica, independentemente da situação atual do sistema, essa medida reduziria o atendimento em 14 minutos, em média. O que leva 18 minutos passaria a ser feito em quatro, afirma.

O Ministério deve publicar ainda uma norma que passará a exigir a medida. “Isso agilizaria o atendimento. A empresa já entrega o requerimento digitalizado”, disse.

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