Aproximadamente 50 moradores do Altos da Lagoa, em Dourados, bloquearam a avenida Guaicurus na manhã desta quarta-feira (9), como forma de chamar a atenção das autoridades para solucionar o problema de alagamento no bairro.
Manifestantes alegam que se não houver resposta para o caso, novo bloqueio será realizado na próxima semana. Moradores reclamam que, com as chuvas dos últimos dias grande quantidade de água se acumulou entre a rodovia e a entrada do bairro, transbordando e alagando ruas e quintais que ficaram intransitáveis.
Conforme o site de notícias Dourados News, para o vendedor Cícero Duarte de Figueiredo, de 55 anos, seria necessário escoar a água entre a via e a construção de uma tubulação para que não acumule mais e colocar cascalho nas ruas do bairro.
É simples a solução, mas ninguém toma atitude, o poder público fica passando responsabilidades, ninguém se manifesta. Caso não haja ações, vamos fazer um novo bloqueio na próxima semana, desabafou o morador.
Segundo a estudante Jaqueline Silva Alves, de 19 anos, a situação é preocupante. A cada chuva o problema aumenta e muitos moradores próximos à rodovia deixaram as casas, pois não conseguem transitar no quintal e algumas foram alagadas.
Outra preocupação é com a proliferação do mosquito da Aedes Aegypti. No local, muitos contraíram dengue nos últimos dias. É preocupante, muitos já deixaram as casas pois não conseguem transitar. Os estudantes também estão com muita dificuldade de passar pelas ruas que virou um lamaçal. Como o bairro alagado nem os agentes conseguem entrar para visitar as casas. Precisamos que resolvam o problema logo, se não vai chegar um ponto mais crítico do que está, desabafou a jovem.
MANIFESTO
Na última segunda-feira (7), uma pequena manifestação foi realizada com o bloqueio da rodovia, porém durou apenas alguns minutos e a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) orientou os moradores a liberar a via, e então decidiram realizar outro ato nesta manhã.
Segundo a Agesul, o problema no local é antigo e a responsabilidade não é da pasta. Todos sabem que nos últimos meses em várias regiões do Estado, o volume de chuvas foi atípico, com isso trouxe sérios problemas para alguns locais e municípios. O problema no local que eu saiba já é antigo e piorou com a chuva, não tem a ver com a duplicação da Guaicurus. No caso, no local é preciso fazer uma valeta para escoar a água que está acumulada, mas isso não é de responsabilidade da Agesul, eles (moradores) devem se informar com o município para ver o que pode ser feito, explicou Mendes.
Por meio da assessoria de imprensa, a administração municipal respondeu que o local está em processo de regularização por se tratar de uma sitioca, mas que os trabalhos de cascalhamento foram iniciados no local. Já sobre a água que se acumula as margens da via, a assessoria disse não ser de responsabilidade do município e sim do Estado, e que a Agesul é quem poderia verificar a situação.
A sitioca está em faze de regularização e a prefeitura já havia iniciado os trabalhos nas ruas com cascalho, mas com o grande volume de chuvas não teve como dar continuidade, não teve condições até por conta da água acumula as margens da via que agravou ainda mais a situação. Por se tratar da rodovia a Agesul é quem seria a indicada em verificar o problema e não o município. As melhorias na parte interna foram iniciadas e é preciso esperar secar o local para continuar os trabalhos, disse a assessoria.
Aem 2013 a duplicação da Avenida Guaicurus teve início, com término previsto para outubro de 2014, ainda na gestão de André Puccinelli (PMDB). O valor orçado inicialmente era de R$ 32 milhões, para 11,2 quilômetros de extensão.
A via serve de acesso ao aeroporto Francisco de Matos Pereira, Cidade Universitária, Exército Brasileiro, distritos, bairros da região Noroeste e Perimetral Norte.
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