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Morto após sequestro na capital de MS recebia ameaças, diz família

Rapaz foi encontrado morto com tiros na região norte de Campo Grande.Mulher que estava com ele prestou depoimento à polícia, diz delegado.

O assassinato de Diego de Sá Barreto, 27 anos, no bairro Nova Lima em Campo Grande, ainda é um mistério para a Polícia Civil. Segundo a família, o rapaz estava recebendo ameças de morte, mas os parentes não souberam informar suspeitos. O crime aconteceu na madrugada de segunda-feira (1º) e o corpo da vítima foi encontrado durante a tarde.

Ele estava recebendo ameaças sim, mas só que não conversava comigo, sabe? Era muito fechado, relatou a mãe. Diego é o segundo filho que dela assassinado. O corpo dele está sendo velado no centro comunitário do Jardim Campo Novo, no norte da cidade.

Uma mulher de 26 anos, que estava com a vítima, prestou depoimento. Ela foi ouvida como vítima, mas, segundo o delegado Alexandre Evangelista, titular do 2ª Delegacia de Polícia Civil, as investigações podem ter novo desdobramento.

Da forma que o crime foi realizado, foram abordados por volta das 22h40 da noite e executados por volta das 2h, então um lapso muito grande do momento da abordagem até o momento da execução e somente uma das pessoas que foi abordada foi executada, no caso o Diego, afirmou Evangelista.

Segundo as investigações, ela e o rapaz namoravam dentro de um carro, debaixo de uma árvore em local afastado, quando um homem armado abordou o casal, conforme o delegado .

Testemunhas disseram à polícia que no dia do crime Diego tinha saído com o cunhado e uma sobrinha. Eles foram para um bar onde Diego conheceu duas mulheres. Por volta das 22h (de MS), Diego levou os amigos embora de carro e ficou com uma das mulheres que tinha acabado de conhecer.

Três fatores apurados durante a investigação ainda intrigam a polícia. Na abordagem, o autor falou para as vítimas que ia revistar o carro para ver se encontava alguma coisa de valor e só fechou a porta. O fato deles já estarem vestidos e a pessoa determinar que eles tirassem a roupa e o terceiro ponto é que somente uma pessoa foi amarrada, ressaltou.

Diego teve os pés amarrados pelo suspeito e o casal foi obrigado a caminhar pelo matagal, até que o assaltante mandou que as vítimas fugissem. Como estava amarrado, o homem teve dificuldades para fugir, foi atingido por tiros e morreu cerca de 4 horas depois da abordagem.

A mulher conseguiu se esconder no matagal e disse que escutou os tiros. Ela ainda informou que esperou amanhecer para chamar a polícia, por volta das 5h30. O corpo do homem foi encontrado por volta das 25h, a cerca de 2 km do local onde o casal foi rendido pelo suspeito. O caso inicialmente foi registrado como sequestro e depois mudado para homicídio qualificado, na 2ª DP de Campo Grande.

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