Adotar politicas ambientais e de desenvolvimento sustentável que assegurem a Mato Grosso do Sul neutralizar a emissão de gases de efeito estufa nas áreas rurais e urbanas. Esse é o objetivo do projeto Estado Carbono Neutro.
Nesta quarta-feira (9), durante a abertura da feira Dinâmica Agropecuária (Dinapec), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) assinou uma declaração de interesses com a Embrapa Gado de Corte e organização não governamental World Resource Institute (WRI) para iniciar o projeto.
Mato Grosso do Sul tem um grande potencial para ser um estado carbono neutro, em que as emissões de todas as atividades da sociedade possam ser neutralizadas com a adoção de sistemas sustentáveis de produção na agropecuária e aumento na produção de energia renovável, explicou o governador.
Segundo Azambuja, na primeira fase do projeto vão ser desenvolvidos novos protocolos para mensurar e registrar as emissões de gases de feito estufa em diferentes setores e segmentos do estado.
A WRI desenvolve protocolos para o inventário de emissões de empresas, instituições, regiões, estados e países. Os chamados GHG Protocols têm sido adotados por vários países, inclusive pelo Ministério do Meio Ambiente, como principal ferramenta para a elaboração dos inventários de emissões.
A partir deste trabalho, o governador aponta que serão desenvolvidas as ações para neutralizar as emissões e lembrou que o programa estadual de Recuperação de Pastagens Degradadas, lançado nesta terça-feira (8) e que prevê a recuperação de 2 milhões de hectares em um prazo de cinco anos, é uma iniciativa já voltada para esse objetivo.
Por sua vez, o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, destacou que o projeto é parte integrante do Programa Estadual de Mudanças Climáticas (Proclima), da pasta.
Essa será uma grande contribuição e exemplo que daremos ao país para ajudar a atingir as metas firmadas em dezembro do ano passado na Conferência Mundial do Clima. Não podemos pensar mais em política de desenvolvimento sem a adoção de práticas sustentáveis de produção. É esse o modelo de gestão ambiental e de fomento à industrialização que estamos implantando no nosso Estado. É uma meta ousada, mas já temos bons exemplos por aqui na indústria e no agronegócio. Com uma política e estratégia bem definidas temos todas as condições de atingir esse objetivo, diz o secretário.
Entre as ações que poderão ser incentivas para neutralizar as emissões do estado, conforme o secretário, estão o estímulo ao uso de sistemas agropecuários mais eficientes de produção em atividades como o cultivo de cana-de-açúcar e de florestas plantadas, ou dos sistemas integrados, como o lavoura-pecuária-floresta.
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