Buscar

MS inicia processo para se tornar um estado carbono neutro

Estado assinou documento para desenvolver protocolos de mensuração.Entre as ações para neutralização, estão o uso de sistemas mais eficientes.

Governador Reinaldo Azambuja assinou declaração de interesses para tornar MS um estado carbono neutro (Foto: Anderson Viegas/G1 MS)

Adotar politicas ambientais e de desenvolvimento sustentável que assegurem a Mato Grosso do Sul neutralizar a emissão de gases de efeito estufa nas áreas rurais e urbanas. Esse é o objetivo do projeto “Estado Carbono Neutro”.

Nesta quarta-feira (9), durante a abertura da feira Dinâmica Agropecuária (Dinapec), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) assinou uma declaração de interesses com a Embrapa Gado de Corte e organização não governamental World Resource Institute (WRI) para iniciar o projeto.

“Mato Grosso do Sul tem um grande potencial para ser um estado carbono neutro, em que as emissões de todas as atividades da sociedade possam ser neutralizadas com a adoção de sistemas sustentáveis de produção na agropecuária e aumento na produção de energia renovável”, explicou o governador.

Segundo Azambuja, na primeira fase do projeto vão ser desenvolvidos novos protocolos para mensurar e registrar as emissões de gases de feito estufa em diferentes setores e segmentos do estado.

A WRI desenvolve protocolos para o inventário de emissões de empresas, instituições, regiões, estados e países. Os chamados GHG Protocols têm sido adotados por vários países, inclusive pelo Ministério do Meio Ambiente, como principal ferramenta para a elaboração dos inventários de emissões.

A partir deste trabalho, o governador aponta que serão desenvolvidas as ações para neutralizar as emissões e lembrou que o programa estadual de Recuperação de Pastagens Degradadas, lançado nesta terça-feira (8) e que prevê a recuperação de 2 milhões de hectares em um prazo de cinco anos,  é uma iniciativa já voltada para esse objetivo.

Por sua vez, o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, destacou que o projeto é parte integrante do Programa Estadual de Mudanças Climáticas (Proclima), da pasta.

“Essa será uma grande contribuição e exemplo que daremos ao país para ajudar a atingir as metas firmadas em dezembro do ano passado na Conferência Mundial do Clima. Não podemos pensar mais em política de desenvolvimento sem a adoção de práticas sustentáveis de produção. É esse o modelo de gestão ambiental e de fomento à industrialização que estamos implantando no nosso Estado. É uma meta ousada, mas já temos bons exemplos por aqui na indústria e no agronegócio. Com uma política e estratégia bem definidas temos todas as condições de atingir esse objetivo”, diz o secretário.

Entre as ações que poderão ser incentivas para neutralizar as emissões do estado, conforme o secretário, estão o estímulo ao uso de sistemas agropecuários mais eficientes de produção em atividades como o cultivo de cana-de-açúcar e de florestas plantadas, ou dos sistemas integrados, como o lavoura-pecuária-floresta.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.