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Novo medicamento contra a malária é testado no Brasil

A acção pioneira faz parte do estudo clínico de cooperação internacional, que conta com a participação de centros de pesquisa do Brasil, Peru, Índia, Bangladesh e Tailândia. «A FMT é a primeira, entre as instituições de pesquisa envolvidas no projecto, a testar o medicamento em humanos», destaca o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim.

O ensaio clínico multicêntrico é financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, através da empresa suíça Medicines for Malaria Venture (MMV) e da Glaxo Smith Kline (GSK), cuja sede mundial fica no Reino Unido e a regional da América Latina, no Rio de Janeiro.

No Brasil, além da FMT, que faz parte da Secretaria Estadual de Saúde (Susam), o projecto conta com a participação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de Porto Velho (RO). A directora da FMT, Graça Alecrim, sublinha que os países envolvidos no estudo têm grande interesse no desenvolvimento de novas terapêuticas para a malária, em virtude da alta incidência da doença nessas regiões.

Graça Alecrim explica que, actualmente, o tratamento da malária causada pelo Plasmódium Vivax é feito, no Brasil e em todo o mundo, com a terapia combinada de dois antimaláricos – a Cloroquina, administrada por via oral pelo período de três dias; e a Primaquina, utilizada por sete dias. Este último é, actualmente, o único fármaco anti-recaídas, activo contra a forma latente do P.Vivax. Se os resultados atestarem a eficiência da Tafenoquina, a substância deverá substituir a Primaquina. «Uma das principais vantagens da troca é que a Tafenoquina é administrada em dose única, o que reduz o tempo de tratamento do paciente de sete para apenas um dia», explicou.

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