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Para Tarso Genro, prisão de Delcídio vai garantir andamento da Lava Jato

Ex-governador do RS comentou no Twitter prisão do líder do governo.Para Tarso, prisão do senador do PT foi rigorosamente dentro da lei.

Quadro histórico do PT, o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro utilizou sua conta pessoal no microblog Twitter nesta quarta-feira (25) para afirmar que a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), pela Polícia Federal, vai garantir o andamento da Operação Lava Jato.

Delcídio foi preso pela PF no início da manhã em um hotel de Brasília, segundo os investigadores da operação, por tentar atrapalhar as apurações.

Conforme o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, a Procuradoria-Geral da República afirmou, em documento enviado à corte, que o parlamentar ofereceu R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não fechasse acordo de delação premiada ou, se o fizer, não citar o parlamentar. Além disso, forneceu opção de rota de fuga para Cerveró ir para a Espanha.

“Trata-se de garantia do andamento de inquérito, livre de interferências que poderiam obstar a busca da verdade”, publicou o petista na rede social.

“Pelas gravações que estão sendo divulgadas, prisão do Senador foi rigorosamente dentro da Lei e da Constituição.  Não é antecipação de pena”, acrescentou ele em outra mensagem.

No Twitter, Tarso Genro afirmou também que o PT deve considerar a ação desta quarta como estímulo a recrutamentos qualificados e a um controle maior dos seus parlamentares.

No fim da manhã, a Presidência da República informou, por meio da assessoria de imprensa,  que aguardará os desdobramentos das investigações relacionadas a Delcídio para decidir quem será o novo líder do governo no Senado.

Conforme a assessoria, o Palácio do Planalto anunciará ainda nesta quarta o nome de um dos vice-líderes que ocupará o cargo interinamente. Os vice-líderes do governo no Senado são: Hélio José (PSD-DF), Paulo Rocha (PT-PA), Wellington Fagundes (PR-MT) e Telmário Mota (PDT/RR). Delcídio ocupa o cargo desde abril.

Horas após a prisão de Delcídio, a presidente Dilma decidiu fechar um evento que seria aberto previsto para a manhã desta quarta-feira no Palácio do Planalto e chamou ao seu gabinete o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.

Além disso, Wagner, Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Edinho Silva (Comunicação Social) e o assessor especial da Presidência Giles Azevedo se reuniram para avaliar a situação política do líder do governo.

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