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Polícia usa gás contra imigrantes na fronteira da Hungria

Dezenas de imigrantes que estão em Horgos, na fronteira entre a Sérvia e Hungria, entraram em confronto com a polícia nesta quarta-feira (16). Os agentes usaram gás lacrimogêneo e jatos de água para conter a confusão. O clima é de tensão no local, com imigrantes gritando e pedindo autorização para cruzarem a fronteira. 

Com medidas de restrição, Hungria prende 300 imigrantes

A polícia da Hungria prendeu 316 imigrantes na fronteira com a Sérvia desde a entrada em vigor, à meia noite de ontem (15), de medidas de restrição contra imigração ilegal. Nas últimas horas, somente 70 pessoas fizeram pedidos de refúgio à Hungria, e 40 delas tiveram suas solicitações rejeitadas.

 A maioria dos estrangeiros que chega ao país pretende seguir viagem para a Alemanha ou para outras nações do norte da Europa, informou a polícia local. Desde o início do ano, 200 mil imigrantes atravessaram a Hungria através da rota balcânica para fugir de conflitos do norte da África ou do Oriente Médio. Para conter o fluxo de refugiados, as autoridades húngaras bloquearam a fronteira com a Sérvia e adotaram penas de até três anos de prisão aos que tentarem entrar no país de maneira ilegal. Na cidade de Horgos, onde um muro impede a passagem de imigrantes, houve confrontos com a polícia nesta quarta-feira (16). Um grupo de pessoas lançou pedras contra policiais e tentou retirar a cerca de arame farpado. 

Além da Hungria, outros países como Grécia e Itália também enfrentam diariamente um fluxo de centenas de imigrantes que tentam chegar à Europa, no que já é considerada a pior crise de refugiados desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Nas últimas 24 horas, a Grécia recebeu mais de cinco mil pessoas que cruzaram a fronteira com a Macedônia. O país, porém, conseguiu bloquear 773 imigrantes que viajavam em 19 embarcações ilegais. O Conselho Europeu convocou para o próximo dia 22 uma reunião extraordinária sobre a crise imigratória, após uma tentativa de acordo sobre mecanismos de redistribuição de refugiados falhar nesta semana. A chanceler alemã, Angela Merkel, também exigiu um encontro de líderes de Estado e de Governo da UE para debater o tema. (ANSA)

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