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Preço dos alimentos puxa inflação para cima e percentual bate recorde em novembro

Acumulado de 12 meses já passa dos 10,5%

A inflação de novembro em Campo Grande foi a maior desde 2002. O aumento do custo de vida foi de 1,14%, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG), divulgado mensalmente pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas (NEPES) da Uniderp. É o quarto maior percentual deste ano, e bem maior que a inflação de outubro, que foi de 0,97%.

A inflação acumulada nos últimos doze meses, atinge 10,96%, muito acima do teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 6,5%. As maiores inflações no período, por grupo, foram com: Alimentação (14,81%), Habitação (13,36%), Transportes (11,85%) e Despesas Pessoais (11,54%).

“Na análise entre os meses de novembro, essa inflação só foi superada em novembro de 2002, quando chegou a 4,91%”, avalia o coordenador do Nepes e pesquisador da Uniderp, Celso Correia de Souza.

Como é típico do fim do ano, a alimentação foi um dos grupos com maiores percentuais de contribuição para a elevação da inflação, com índice de 3,33% e contribuição para a inflação de 0,68%; e Transportes, com 1,80% e contribuição de 0,27%. Houve deflação mo grupo Saúde (-0,06%), mas com pouca contribuição para frear a inflação.

Em relação aos preços dos alimentos, a tendência é de piora do indice. “O aumento em novembro já foi muito expressivo. Em outubro, registramos 1,65%, e no mês passado, 3,33%. A tendência é permanecer próximo desse patamar em dezembro, período de alto consumo devido às festas de final de ano. A inflação nesse mês, historicamente, sempre foi alta”, prevê o pesquisador Celso Correia.

Para Celso Correia, a escalada da inflação sinalizada anteriormente se concretizou. “A inflação acumulada em 12 meses na cidade de Campo Grande rompeu o patamar dos dois dígitos, o que não acontecia desde o ano de 2003, quando atingiu 11,82%”, ele diz. “O fato é negativo para as autoridades governamentais e para o contribuinte, que está vendo seu salário reduzir o potencial de compra”.

Considerando os 11 meses de 2015, a inflação acumulada já ultrapassou o teto da meta, chegando a 10,48%. Destacam-se com as maiores inflações acumuladas os grupos: Alimentação (13,63%), Habitação (13,14%), Transportes (11,67%) e Despesas Pessoais (11,13%).

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