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Prédio em construção derruba árvore e desaloja ponto de ônibus na Afonso Pena

Outra árvore e um poste de eletricidade também terão que sair

(Foto: Luiz Alberto)

Uma árvore de grande porte e um ponto de ônibus coberto precisaram ser retirados da calçada na Avenida Afonso Pena, entre as ruas Bahia e Rio Grande do Sul, em Campo Grande, por causa da construção de um prédio. Para o proprietário do empreendimento isso pode até ter sido um bom negócio, mas quem está sofrendo é a população que ficou sem ter onde ser proteger do sol e da chuva. 

De acordo com o responsável pela obra, Jeferson Douglas, de 30 anos, o prédio será alugado e houve a necessidade da retirada tanto do posto quanto da árvore por causa da entrada de carros no prédio. “Precisamos de toda a frente aberta para que os clientes tenham acesso as vagas de estacionamento”, explica Jeferson destacando que acredita ainda que será necessário a retirada de uma segunda árvore e também do poste de eletricidade do local. Jeferson preferiu não identificar o proprietário do prédio, apenas informou que é um empresário com experiência nessa área.

Os usuários do transporte coletivo reclamam por que agora não tem onde se proteger. A estudante Leidiany da Silva Gomes, de 26 anos conta que há alguns meses espera todos os dias o ônibus naquele ponto e a retirada da cobertura fez com que todos ficassem expostos ao tempo. “Achei horrível. Pra gente se proteger do sol ou da chuva tem que procurar uma loja perto, é um absurdo. Como podem fazer isso com a população”, declara a estudante.

A vendedora Nayra Nidori, de 26 anos, diz que não costuma pegar o ônibus naquele ponto, mas independente do local ou do clima, um ponto com cobertura faz falta. “Mesmo que não chova, com o sol escaldante dos últimos dias um ponto coberto faz falta”, conta.

Quem também não ficou nem um pouco feliz com isso foi o dono de uma rede de fast food da Capital, Wagner Herrera, que possui um estabelecimento ao lado de onde o prédio foi construído. “Estava viajando e quando cheguei vi que tinham tirado o ponto coberto e colocado um pedaço de pau. Achei um absurdo eles fazerem isso com população, é uma palhaçada. Se tivesse chovendo agora essas pessoas iam se proteger como?”, destaca.

Indignado, Wagner ressalta que possui um pequeno espaço usados como estacionamento na frente de sua loja e se for necessário colocar um novo ponto coberto na frente ele não iria se opor. “Já fiquei tanto tempo só com esse espaço pequeno como estacionamento e nunca liguei. Se quiserem colocar um outro ponto na frente da minha loja eu deixo, o que não pode é deixar as pessoas na chuva”, diz Wagner.

Entramos em contato com a Prefeitura de Campo Grande e sobre a autorização da retirada tanto da árvore quanto do ponto de ônibus fomos informados apenas que “um empreendimento seja comercial ou residencial entra com projeto na prefeitura e esses itens - necessidade de retirada de árvore e ponto de ônibus, compensação, por exemplo, devem constar e passam por avaliação técnica. A respeito da retirada do poste de eletricidade, também entramos em contato com a Energisa, mas até a publicação desta matéria o fechamento desta matéria não obtivemos resposta.

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