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Receita para cura do câncer é amor e casal retribui com doação de animais

São ao todo dois cachorros, um deles tetraplégico, e dois gatos.Marido ainda raspou a cabeça para superar doença com a mulher.

Casal venceu dificuldades, como a descoberta do câncer (Foto: Reprodução Facebook)

No auge do namoro e um ano antes do casamento, o diagnóstico: câncer de ovário. A doença rara foi um baque na vida da fisioterapeuta Marina Belini Morilha, de 31 anos. No entanto, o apoio do companheiro foi tanto que ela superou as dificuldades e o casal ainda decidiu adotar animais excluídos pela sociedade e com alguma deficiência, como uma forma de espalhar ainda mais o amor entre eles.

São ao todo dois cachorros e três gatos. Um dos cães é tetraplégico, vive em uma cadeira de rodas e havia sido deixado para doação em uma clínica veterinária.

A Chiquita é uma pequinês que se tornou a nossa paixão. Não sabemos ao certo a idade dela, é algo em torno de dez anos. Mas ela seria sacrificada e a veterinária ligou para a minha mulher perguntando se ela aceitaria a doação. Na clínica, ela descobriu que era um animal tetraplégico, comentou o analista de sistemas Thiago de Oliveira Morilha, de 31 anos.

Pouco antes do casamento, em fevereiro de 2014, eles adotaram o Rufos, um macho idoso e que foi recolhido por apresentar uma doença infecciosa. Ele deveria ser sacrificado, mas toma medicamento e convive bem com a família. Os outros três são gatinhos que estavam sendo divulgados nas redes sociais de um abrigo para animais.

O amor pelos bichos era mais uma coisa em comum e então decidimos adotá-los. Estamos espalhando esse amor e percebo que fazemos uma troca, porque eu passo pelo tratamento e os animais também fazem exames constantes. Além disso, com a descoberta da doença, o Thiago este presente o tempo todo e foi o meu grande suporte, me dando força nos momentos mais difíceis, disse a fisioterapeuta.

Casal raspou a cabeça junto para superar a doença (Foto: Reprodução Facebook)

Plano de DeusNa época da quimioterapia, Marina relembra que o companheiro garantiu ficar ao seu lado, independente dela poder dar um filho ou não. Com isso, os planos seriam a adoção de uma criança, caso a fisioterapeuta realmente ficasse estéril, além dos animais.

O câncer me mostrou que a vida é muito curta e devemos espalhar o amor. Agora sou uma apaixonada pela vida e os animais. O médico também liberou a gravidez e estou esperando os planos de Deus, explicou.

Nas palavras do esposo, Marina foi vítima de um erro médico. Ela sentia muito calor e entre os exames, foi fazer um preventivo com a ginecologista. A profissional comentou de um cisto, mas ressaltou que ela não deveria se preocupar. A Marina então viajou para Maringá (PR), onde reside a minha sogra. Lá um outro profissional a avaliou e teve a desconfiança de um tumor. Ele constatou a complicação, já dentro da cavidade abdominal e então nós trouxemos os exames para Campo Grande, onde ela iniciou a quimioterapia, relembrou.

Um dia antes da primeira data prevista para a cerimônia, a jovem terminou o tratamento. Ela estava debilitada e por isso remarcamos a data para o dia 15 de fevereiro de 2014. Agora neste mês completamos dois anos de casados. Estou muito feliz e, em nenhum momento, pensei em ficar distante dela. Lembro inclusive quando comprei uma máquina e pedi a ela para raspar a minha cabeça primeiro, assim ela não teria vergonha, comentou Thiago.

Após a dedicação um ao outro e aos bichos, eles ainda criaram a empresa Tau au Tau eu. A ideia é ter a roupa do dono do animal igual a do seu dono. A inauguração ocorreu há 15 dias e eles já comercializaram 20 kits. Estamos caminhando com a empresa desde setembro do ano anterior, quando estávamos resolvendo a questão burocrática. Ainda pesquisamos estampas para os kits com a camiseta e a roupinha do animal. É algo muito bacana, estamos envolvidos com a causa, finalizou Morilha.

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