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Renan Calheiros ‘deserta’ da CPMI do 8 de janeiro

Governo não conseguiu convencer o cacique emedebista a participar do colegiado

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Divulgação

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) está fora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Conforme apurou Oeste, o governo não conseguiu convencer o cacique emedebista a participar do colegiado.

A comissão deve ser instalada no Congresso na quinta-feira 25, às 9 horas da manhã. Renan foi um dos primeiros políticos a defender uma CPI sobre os atos de vandalismos do 8 de janeiro, mas queria que a investigação fosse restrita ao Senado — longe da influência do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), seu maior rival político.

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Na noite desta quarta-feira, 24, o MDB oficializou os quatro nomes que vão compor a CPMI do 8 de janeiro no Senado. O partido era o único que postergava até o momento a indicação de membros. A legenda não considera a CPMI muito relevante e prefere ter protagonismo em outras áreas.

A confirmação dos parlamentares ratificou um rumor que circulada nos bastidores há algumas semanas: que o líder do MDB na Casa, senador Eduardo Braga (AM), também não queria participar do colegiado.

Braga era o nome favorito do governo para assumir um dos cargos mais importantes da CPMI: presidência ou relatoria, mas — novamente — o poder de persuasão do governo não foi forte o suficiente.

A expectativa é que o presidente da CPMI seja, de fato, alguém que pertença ao “superbloco” de Lira: o deputado Arthur Maia (União Brasil-BA).

O nome foi escolhido há algumas semanas depois de uma reunião entre Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Contudo, devido à vontade do governo em pleitear a presidência da comissão, cogitou-se que Maia poderia deixar o posto — o que causaria um atrito entre Lira e Pacheco.

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