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Representantes de 20 países protestam em Brasília contra McDonalds

Trabalhadores e sindicalistas fizeram hoje (20), em Brasília, manifestação contra as condições de trabalho na rede de lanchonetes McDonalds. Representantes de 20 países, engajados no movimento global pelo respeito aos direitos trabalhistas nas lojas da marca, também estiveram no ato. Eles participaram nesta quinta de audiência pública no Senado que discutiu os direitos dos funcionários da empresa.

Os manifestantes se concentraram em frente a Torre de TV, na região central de Brasília, e caminharam até uma lanchonete McDonalds. O movimento faz parte da campanha global #SemDireitosNãoÉLegal. No Brasil, a empresa emprega mais de 40 mil pessoas.

Entre as reivindicações estão o acúmulo de função sem a devida remuneração, o não pagamento de horas extras e do adicional de insalubridade, além da aplicação de jornada móvel variável. O sindicatos alegam que a última prática faz com que os trabalhadores recebam apenas pelas horas trabalhadas, resultando, muitas vezes, em pagamentos abaixo do salário mínimo, o que não é permitido pela legislação brasileira.

É uma série de reivindicações que sempre fazemos à empresa, ela diz que vai resolver, mas nunca assina o termo de compromisso. Isso não pode ocorrer. O McDonalds precisa respeitar as leis brasileiras, afirmou Moacyr Auersvald, do Sindicato dos Trabalhadores em Turismo.

Por meio de nota, o McDonalds informou que respeita manifestações sindicais e que tem “absoluta convicção” do cumprimento da legislação trabalhista. “A empresa tem orgulho de ser a porta de entrada de milhares de jovens no mercado de trabalho. Nossas práticas laborais são premiadas e reconhecidas pelo mercado. Foi pioneira na implementação do ponto eletrônico e recebeu o selo ‘Primeiro Emprego’ do Ministério do Trabalho”.

A empresa disse ainda que os funcionários recebem treinamento contínuo, tanto para as funções operacionais, quanto para valores como trabalho em equipe, comunicação, liderança e hospitalidade. “Em mais de três décadas de Brasil, a empresa já capacitou mais de 1,5 milhão de pessoas”, informou.

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