Sargento que atirou e matou jovem no trânsito estava há 1 mês na cidade

O sargento da Polícia Militar Carlos Alberto da Rocha, de 52 anos, teve prisão preventiva decretada pela Justiça e continua detido no Presídio Militar de Campo Grande depois de matar o jovem João Victor Gomes Rosa, de 21 anos, em briga de trânsito no centro de Rio Verde, no último domingo.

Segundo o delegado que apura o caso, José Roberto Oliveira Júnior disse ao Portal Correio do Estado, o policial estava há 1 mês trabalhando na cidade. Ele já havia prestado serviços em batalhão de Rio Verde, mas estava transferido para outra cidade e retornou a Rio Verde há aproximadamente 1 mês.

Até agora a polícia não tem dúvidas de que o sargento atirou contra o jovem por conta de desentendimento em briga de trânsito. Quatro testemunhas já foram ouvidas e todas confirmam a versão de que o sargento atirou contra João de dentro do carro dele.

“Tinha muita gente no local, que é uma praça, mas nem todo mundo viu. Por isso estamos fazendo o trabalho de identificação das testemunhas para colher mais depoimentos”, disse.

Ainda segundo o delegado, a esposa do jovem que presenciou o crime ainda não foi ouvida porque o sepultamento deve ocorrer somente hoje. A filha do casal, que tem entre 2 e 3 anos, também estava perto do pai quando ele foi atingido pelo disparo no peito.

Boatos de que a morte de João tenha relação com política, pelo fato dele ser filho de coordenador de campanha do candidato a prefeito Zé de Oliveira (PMDB), não fundamentam nenhuma investigação policial até o momento.

A reportagem não conseguiu contato com defesa do sargento detido em Campo Grande.

O CRIME

João foi morto com um tiro no peito durante discussão com o sargento. O fato do policial ter estacionado o carro e impedido o deslocamento do veículo do jovem desencadeou a briga.Testemunhas afirmaram à polícia que o sargento que estava de folga atirou de dentro do carro. Tudo aconteceu na Avenida Barão do Rio Branco, no centro da cidade.

Pessoas que passavam pela rua se revoltaram com o crime e reforço policial da cidade vizinha Coxim teve de ser chamado para que o tumulto fosse contido. Depois de atirar, o sargento da PM fugiu.

Horas depois, segundo o site, o sargento se apresentou no quartel da cidade e foi encaminhado para a delegacia da Polícia Civil. Depois de ser ouvido, foi detido e encaminhado para o Presídio Militar de Campo Grande.