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Superlotado, visita é cancelada e mulher não consegue se despedir do irmão

Homem não resistiu e morreu 

A superlotação do Hospital Regional Rosa Pedrossian e falta de servidores não afeta apenas os funcionários, que estão exaustos por horas-extras e excesso de trabalho. Mas afeta também pacientes, que não estão tendo o tratamento adequando e acompanhantes, que muitas vezes não conseguem ficar ao lado de seus entes queridos.

Foi o que aconteceu com Natália Assis dos Santos, de 38 anos. O irmão dela Jordanino Assis dos Santos, de 46 anos, deu entrada no hospital no sábado, por volta da 3 horas da madrugada. Depois disso, ela não viu mais o irmão e agora só irá vê-lo em seu velório.

Natália, que já esperava pela morte do irmão, que sofre de cirrose há anos, diz que a situação dele era grave e que a família estava preparada para este momento. O que ela lamenta foi não ter se despedido de Jordanino. “Ontem eu vim aqui visitá-lo e eles não permitiram, pois ele estava na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e não havia funcionários para me acompanhar na visita. Hoje soube que ele morreu”, diz.

Segundo ela, o irmão faleceu à 22 horas de ontem, e apenas nesta terça-feira (16), por volta das 10 horas da manhã, ela foi informada do ocorrido. “É tanta no corredores, os funcionários se desdobrando para atender que a gente mal consegue uma informação. Minha tristeza é não ter dado adeus ao meu irmão”, lamenta.

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