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SUS adota novas regras para humanizar parto na rede pública

O contato do bebê com a mãe e o estimulo à amamentação na primeira hora de vida são recomendações que o Ministério da Saúde oficializou neste mês para assegurar o direito ao parto humanizado em toda a rede pública. Além do contato entre mãe e filho, está previsto também que o clampeamento do cordão umbilical só será feito após o mesmo parar de pulsar. As medidas passam a valer para todas as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). As diretrizes fazem parte da organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido e oficializam recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio ministério. O bebê saudável, com o ritmo respiratório normal, deve ser colocado sobre o abdômen ou tórax da mãe, em contato direto pele a pele, de acordo com sua vontade, em ambiente aquecido, afirma a portaria. Além disso, a nova regra também prevê a amamentação ainda na primeira hora de vida. “Nós precisamos estimular que essa primeira mamada aconteça na primeira hora de vida. Além de fornecer o primeiro aporte calórico para a vida do bebê, essa prática também acelera a descida do leite materno, aumentando a chance de sucesso no aleitamento e diminui a chance de hemorragia uterina”, explica o ministro da Saúde, Arthur Chioro.Conforme a portaria, os procedimentos de rotina adotados após o nascimento do bebê devem ser realizados somente após esses primeiros cuidados. O coordenador da Saúde da Criança do ministério, Paulo Bonilha, esclarece que os benefícios dessas medidas afetam não só o aspecto psicológico, como reduzem os riscos de anemia e desnutrição. “Para o bebê que nasceu chorando, vigoroso, sem nenhum tipo de complicação, o papel principal dos profissionais de saúde é proteger este momento sensível de apresentação da mãe a seu bebê e vice-versa. Isso vai ter repercussões para toda a vida”, explica Bonilha.

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