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Suspeito morre durante ação da polícia em condomínio do Minha Casa no Rio

Policiais em ação de reintegração em condomínio do Minha Casa, Minha Vida, em Barros Filho (Foto: )

Um suspeito morreu nesta terça-feira (29) após ser baleado durante operação da Polícia Civil do Rio, batizada Lar Doce Lar, para recuperar imóveis de um condomínio do programa Minha Casa, Minha Vida invadido por traficantes de drogas. Pelo menos três pessoas foram presas durante a ação, que teve início no fim da madrugada.

Os policiais cumprem mandados de reintegração de posse em 60 apartamentos do conjunto residencial Haroldo de Andrade, em Barros Filho, na zona norte carioca. As famílias foram expulsas pela facção dominante na região do Complexo da Pedreira. Até agosto, a quadrilha era liderada pelo traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, morto no dia8 daquele mês. Ele era considerado o criminoso mais procurado do Estado.

Ao chegar ao local, a polícia foi recebida a tiros. Pelo menos uma pessoa ficou ferida. Imagens aéreas feitas pela TV Globo mostram o momento em que um homem, supostamente baleado, foi socorrido em uma região de mata. O Corpo de Bombeiros informou que ele foi atendido no hospital estadual Carlos Chagas, na Penha.

Participaram da operação 350 agentes da 40ª DP (Honório Gurgel), da DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros) e de outras delegacias especializadas. Os imóveis, após recuperados, serão devolvidos à Caixa Econômica Federal, gestora do Minha Casa, Minha Vida.

Em agosto, polícias Civil e Militar e Ministério Público realizaram ação semelhante para desarticular grupos de milicianos que atuam em condomínios construídos com verba do programa federal na zona oeste da capital fluminense.Pelo menos uma pessoa foi presa.

Segundo dados dos ministérios da Justiça e das Cidades, de 108 denúncias recebidas entre abril de 2014 e janeiro de 2015, 70% envolviam a presença de traficantes em condomínios do Minha Casa, Minha Vida em pelo menos 16 Estados. Há ainda casos de agressão e homicídio.

Já a invasão de apartamentos (na maioria das vezes, os crimes estão correlacionados) estava presente em 48% das denúncias. (Com Estadão Conteúdo)

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