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Tiraram nós de uma favela para por em outra, reclama morador em MS

Os moradores da Cidade de Deus, que já foram retirados da favela, reclamaram do novo local para onde foram levados. O montador de móveis Mike Silva disse que a transferência não deve fazer diferença. A prefeitura de Campo Grande conseguiu na Justiça a reintegração de posse da área no bairro Dom Antônio Barbosa, próximo ao lixão. Cerca de 300 famílias devem ser transferidas.A gente queria uma casa. Aí pegaram, tiraram nós de uma favela para colocar em outra favela. Resumindo, vai ser outra favela de novo aqui porque descobriram um santo para cobrir outro né? Mas não adianta nada para nós, queixou Silva.

Segundo a prefeitura de Campo Grande, a transferência estava sendo planejada desde outubro de 2015, mas só agora o município teve autorização da Justiça. Sobre o financiamento dos imóveis, o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação (EMHA) informou que a prefeitura só deve financiar as residências caso sejam liberados recursos federais. Ele garantiu que as áreas oferecem condições para que os moradores vivam com dignidade.

A mudança está sendo transportada por caminhões até três locais definidos pela prefeitura. Móveis e madeiras dos antigos barracos são levadas para os lotes. As famílias também receberam o mesmo kit utilizado pela Defesa Civil, para vítimas de desastres ambientais, com lonas de cordas. As primeiras 53 famílias foram levadas para o loteamento Vepaziano Martins.

O local tem energia elétrica, mas ainda está sem água encanada. Enquanto isso, a prefeitura promete resolver o problema. São 200 metros quadrados em cada lote. Os moradores terão até 300 meses para pagá-los, ou seja, 25 anos. Além disso, terão que construir a própria casa.

Após assinarem o termo de ocupação do terreno. Elas já estavam cadastradas na Empresa Municipal de Habitação (Emha). O restante deve ser encaminhado para os bairros Jardim Canguru e Bom Retiro. Já os moradores cadastrados que participaram de invasões de área pública perderam o direito de preferência na distribuição dos lotes.

Pelo menos 400 policiais militares, guardas municipais e funcionários da prefeitura participaram da remoção das famílias

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