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Um mês após desaparecimento de avião malaio, famílias fazem vigília

Voo da Malaysian Airlines sumiu em 8 de março com 239 pessoas a bordo.Nesta segunda, Austrália disse ter captado novos sinais do avião.

Cerca de 50 pessoas acenderam velas na noite desta segunda-feira (7) em Kuala Lumpur, naMalásia, para marcar o aniversário de um mês do desaparecimento do jet MH370, avião da Malaysia Airlines que sumiu no Oceano Índico e até agora não foi encontrado. Na manhã desta segunda, autoridades australianas anunciaram em coletiva de imprensa que novos sinais foram detectados na área de buscas pelo avião, que desapareceu no dia 8 de março, com 239 pessoas a bordo.

Um equipamento da Marinha americana capaz de detectar sinais de caixas-pretas está sendo usado nos trabalhos para achar destroços do voo MH370. O aparelho é transportado pelo navio australiano Ocean Shield e, até agora, recebeu dois sinais que são consistentes com a caixa-preta de uma aeronave.

A vigília da noite desta segunda-feira foi feito em apoio aos familiares dos passageiros e da tripulação, que já começaram a receber a indenização de seguradoras da China.

BuscasO avião da Malaysia Airlines deveria fazer a rota entre Kuala Lumpur e Pequim, mas desapareceu dos radares civis cerca de 40 minutos após decolar e saiu do curso previsto no plano de voo. Apesar de nenhum vestígio do Boeing 777 ter sido encontrado até agora, o primeiro-ministro da Malásia afirmou no dia 24 de março que a aeronave caiu no Oceano Índico e que não há sobreviventes.Segundo Angus Houston, diretor do Centro de Coordenação de Agências Conjuntas (Jacc, na sigla em inglês), agência australiana que coordena as buscas pelo avião desaparecido, um primeiro sinal foi identificado durante 2h20. Depois, o navio perdeu contato, mudou de posição e voltou a detectar o sinal por cerca de 13 minutos. Nessa ocasião, dois sinais distintos foram ouvidos. Isso seria consistente com transmissões de gravadores de dados do avião e de voz da cabine do piloto, afirmou Houston.

Os sinais foram recebidos ao norte da zona de buscas e a noroeste da Austrália. Segundo o diretor, podem-se levar dias até que se tenha certeza de que os sinais são ou não da caixa-preta da aeronave sumida. Claramente, essa é a pista mais promissora e provavelmente a melhor informação que temos até agora nas buscas, disse.O diretor do Jacc disse que, ao todo, 12 aviões (nove deles, militares) e 14 navios participam nesta segunda-feira das operações de busca pelo avião da Malaysia Airlines. A área de buscas cobre 234 mil km², segundo a agência, que prevê para os próximos dias boa visibilidade nessa região do Oceano Índico, situada 2 mil km ao noroeste da cidade australiana de Perth.

Famílias fazem orações durante vigília em praça de Kuala Lumpur (Foto: Manan Vatsyayana/AFP)

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