Publicado em 28/11/2014 às 18:25, Atualizado em 26/10/2016 às 10:57

Vereador não quer classe trabalhadora pagando por inadimplência dos ricos no IPTU

Danilo Galvão, Danilo Galvão

Em discurso na sessão ordinária do Legislativo Municipal, do dia 24 de novembro, Marcos Roberto (SD) questionou um dos argumentos que tem sido usados pela Prefeitura Municipal para justificar a transferência da cobrança pela coleta e tratamento do lixo para a conta de água dos cidadãos em Sidrolândia. 

Um projeto de lei encaminhado pelo Executivo aos vereadores pretende desvincular a taxa do IPTU (Imposto Territorial Predial Urbano), que segundo a Secretaria Municipal de Finanças enfrenta uma inadimplência no patamar de 40% dos contribuintes. 

Se o prefeito não dá nada em troca ele quer inserir mais tributos ao assalariado. Cuidado de nós que temos um salário baixo e me incluo nessa classe, com mais um imposto pagando. Enquanto isso, grande parte das pessoas que tem poder aquisitivo alto, sem pagar e aumentando essa inadimplência. Eu quero que o Governo me convença dessa situação para que eu vote contra os trabalhadores. Exijo uma discussão ampla dessa matéria, cravou Marcos, contrário a mudança na forma de arrecadar a taxa de recolhimento pelo serviço de coleta e tratamento do lixo em Sidrolândia. 

Visão Diferente

O vereador Cledinaldo Cotócio (PP), por outro lado, se mostrou no Plenário favorável ao projeto de lei, por entender que a falha na arrecadação do IPTU tem feito a Prefeitura arcar com um investimento maior para viabilizar o serviço da concessionária, que é oferecido ao cidadão de forma pública.

Eu acho que o prefeito faz o certo em rever essa questão da taxa do lixo. Arrecada-se hoje apenas R$ 60 mil por ano, sendo que a Administração Municipal é obrigada a pagar pelo mesmo serviço um montante de R$ 120 mil por mês. O Ari mostra com esse projeto de lei mostra a atitude e coragem de um grande gestor. A taxa do lixo é um tem que há muito tempo deveria ter sido discutida.

David Olindo (SD), porém lembrou ao público na sessão que a arrecadação municipal precisa ser mais efetiva, além do debate sobre a transferência da cobrança da taxa de lixo para a conta de água.

Se não estão pagando o IPTU, 60% dos contribuintes hoje, com um aumento e outros tributos esse número depois sobre para 100% sem pagar. É preciso ter uma contrapartida. Onde vai o dinheiro? O que vão fazer com esse recurso. Aquilo que foi aprovado de repasse ao Hospital não foi repassado.

E como querem que o Hospital Elmíria Silvério Barbosa funcione? Sabe quando que o povo paga imposto? Quando vê benefício, relatou.