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André Puccinelli e seu filho estão presos. Ex-governador foi levado por equipes da PF na manhã desta sexta feira

O motivo da prisão está relacionado envolvimento tanto do ex-governador quanto do seu filho nas investigações da Operação Lama Asfáltica.

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Ex-governador André Puccinelli foi alvo de operação na manhã de hoje (Foto: Arquivo DD)

O ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli (MDB) e seu filho André Puccinelli Junior foram presos pela Polícia Federal na manhã de hoje. O motivo da prisão está relacionado envolvimento tanto do ex-governador quanto do seu filho nas investigações da Operação Lama Asfáltica.

Esta é a segunda vez, que o filho do ex-governador André Puccinelli foi preso pela Polícia Federal sendo que a primeira vez foi em maio chegou a prestar depoimento e ficou na mesma cela que o pai. A prisão naquele época foi porque segundo a PF, há indícios de superfaturamento na venda de livro jurídico escrito por ele. As informações são do delegado da PF em Mato Grosso do Sul, Cléo Mazzoti.

Na decisão que manda prender o ex-governador de Mato Grosso do Sul novamente, a Justiça aponta "novas provas: relatórios da Polícia Federal, da Controladoria Geral da União e da Receita Federal, movimentações bancárias da empresa Instituto Ícone do Direito relativas ao dinheiro proveniente da JBS e análises de materiais apreendidos no Instituto Ícone" na 5ª fase da Lama Asfáltica.

Além das novas provas, os investigadores citaram duas decisões do Supremo. Ao julgar o habeas corpus de um dos alvos da Lama Asfáltica, a Primeira Turma da Corte cassou liminar do ministro Marco Aurélio que colocava em liberdade oito investigados.

Segundo a Procuradoria da República, após a decisão da Primeira Turma, André Puccinelli e outros alvos que estavam em liberdade deveriam ser presos novamente "por integrarem a mesma ação criminosa organizada e terem deliberadamente executado ou participado da execução de crimes dotados de extrema gravidade concreta".

Para o Ministério Público Federal, trata-se "de uma medida ínsita à isonomia e à própria Justiça, não sendo admissível que, enquanto alguns membros do grupo criminoso sejam submetidos ao encarceramento cautelar, outros em idêntica situação possam fruir da liberdade sem qualquer resposta do Judiciário".

Defesa

O advogado Renê Siufi, que defende André Puccinelli, afirmou ser "estranho" que a decisão tenha sido tomada "às vésperas da convenção do MDB". Segundo ele, a próxima medida da defesa é entrar com um habeas corpus e rebater os argumentos que levaram à prisão do ex-governador do Mato Grosso do Sul.

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