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Bandidos trocaram cor, rodas e placas do carro

Maria de Lourdes explicou ainda que a intenção dos bandidos sempre foi matar o empresário

(Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado)

O carro do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, 32 anos, um Golf prata, placas HTJ 7457 já havia sido pintado de branco e teve as placas trocadas por outras de Ponta Porã. As rodas também foram substituídas. A suspeita é de que o veículo seria usado para a prática de crimes em Campo Grande ou levado para o Paraguai, onde seria trocado por droga.

Os criminosos indicaram uma funilaria no Bairro São Conrado, onde o veículo foi apreendido. O dono do estabelecimento foi preso por receptação. Conforme a polícia, ele cobrou R$ 2 mil pela pintura. Valor considerado baixo se levado em conta o custo da mão-de-obra e material. O bandido que levou o carro para o funileiro pintar ajudou no trabalho.

De acordo com a delegada que investiga o caso, Maria de Lourdes Souza Cano, titular da Delegacia Especializada em Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (Defurv), a polícia trabalhou todo o momento com a possibilidade de a vítima estar morta por conta da demora para encontrá-la.

Até o momento, três pessoas foram presas e uma adolescente apreendida. Todos se conheciam e a polícia apura a participação de outros envolvidos no caso.

Maria de Lourdes disse que ainda é cedo para afirmar se eles integravam alguma facção criminosa ou se praticaram o crime a mando de algum detento do presídio.

CrimeErlon desapareceu no dia 1º, após sair do seu estabelecimento comercial para mostrar um carro para um suposto comprador, na região da saída para São Paulo, em Campo Grande. A mulher do rapaz, desconfiou da demora do marido neste encontro e passou a ligar para o celular dele, mas não conseguiu resposta.

No encontro com o empresário, o bandido disse que o carro não era para ele e convidou Erlon para mostrar o carro para o real interessado. A vítima foi levada até uma casa na Rua Rio Grande, quase esquina com a Avenida Souto Maior, no Bairro São Jorge da Lagoa, região do Bairro Tijuca. Uma adolescente, esposa de um dos criminosos foi quem atraiu Erlon para dentro do imóvel, onde ele foi morto, de surpresa, com um tiro na cabeça.

O crime aconteceu no mesmo dia em que o empresário desapareceu e os bandidos ficaram com o corpo durante cinco dias. Para dificultar a localização da vítima, eles a colocaram numa fossa e cobriram com terra e entulho.

Conforme a delegada, mesmo diante do forte odor indicando que no local havia um corpo, nenhum vizinho denunciou o caso.

Maria de Lourdes explicou ainda que a intenção dos bandidos sempre foi matar o empresário porque desde o primeiro momento Erlon viu o rosto dos envolvidos e poderia denunciá-los.

AlertaA titular da Defurv alerta para que as pessoas que estejam vendendo veículos não sigam ao encontro de supostos compradores e tomem cuidado nas negociações porque os criminosos que marcam esses encontros são bastante frios.

Ainda segundo a delegada Maria de Lourdes, outras pessoas foram vítimas da quadrilha que matou Erlon. Elas foram contatadas por telefone e chegaram próximo a casa, mas não entraram.

VelórioO velório do empresário Erlon será a partir das15h desta segunda-feira, no Parque Ayrton Senna, Bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

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