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Briga por vendas de drogas e tráficos resultam em mais uma morte no Dalva de Oliveira 

(Foto: Reginaldo Coelho/Capital News)

Mais um caso de homicídio doloso foi registrado nesta quarta-feira (24), por volta das 9h45h, pelo delegado Tiago Macedo dos Santos, da 4ª Delegacia de polícia da Capital.

O crime aconteceu na confluência das Ruas Dalva de Oliveira com a Da Sanfona, no bairro Dalva de Oliveira I, onde Julimar Smith, de 35 anos, conhecido pela alcunha de “Bocão”, foi assassinado pelo menos com dois tiros, provavelmente de garrucha calibre 38, dos quais um acertou o peito na altura do coração e o outro, no joelho da perna direita.

Informações preliminares colhidas pela equipe do delegado Tiago Macedo, indicam que “Bocão” era usuário de drogas e o Delegado não descartou na sua linha de investigação que tudo pode ter acontecido pela disputa do ponto de vendas de drogas.

Ainda de acordo com uma testemunha que não quis se identificar para a reportagem do Capital News, o pivô da morte de “Bocão”, teria sido também pelo fato dele ter, segundo a testemunha, sido o mandante do assassinado de “Jean”, ocorrido na semana passada.

Com isso, os “amigos” de Jean, teriam jurado vingança fato que aconteceu nesta quarta-feira (24), quando “Bocão”, caminhava pela Rua da Sanfona, ao lado de um menor de 14 anos, que também foi atingido, acabou sendo assassinado.

No local, onde estava o corpo de “Bocão”, a madrasta do mesmo, identificada por Fernanda Aparecida Benitez. Perguntada pela reportagem a respeito da qualidade de vida que o seu enteado, levava, ela afirmou que o mesmo não tinha nenhum envolvimento e que em todas as vezes que esteve na casa dela com o pai – Jaime Smith – nunca demonstrou nenhuma anormalidade.

“Sabia que ele era apenas usuário. Mas nunca demonstrou ter problemas com ninguém”, disse.

Para reforçar o que havia dito, Fernanda disse que ainda nesta quarta-feira (24), ele esteve pela manhã na casa do pai, localizada no conjunto Flamboyant. “Ele foi La em casa hoje onde tomou banho e em seguida saiu. Passou (sic) dez minutos e recebi uma ligação avisando que ele havia sido morto.”, disse Aparecida.

ARMADO

Com Julimar Smith, a equipe da Perícia da Polícia Civil, encontrou um revólver calibre 38 e seis munições intactas. Que foi apreendido. Além disso, na hora do assassinato, Julimar usava uma camisa verde escura, duas calças sendo uma jeans e uma de moletom, por onde revólver calibre 38 desceu e foi parar na barra da calça da vítima e por isso, pode ser que não tenha tido tempo para usá-lo.

POLÍCIA

O delegado Tiago Macedo dos Santos da 4ª Delegacia de Polícia, encarregado de elucidar o crime, disse prontamente que o crime foi “execução” e o motivo ele reafirmou que pode ter sido em função de drogas e pela disputa do ponto de venda.

“Isso foi execução, Ele (Bocão), já tinha diversas passagens pela polícia”, reafirmou o Delegado ao apontar que o mesmo pode ter recebido de dois até mesmo três tiros, mas a conclusão será após a necropsia.

“Ele tem uma perfuração no tórax e na perna. Mas apresenta uma lesão provavelmente de defesa na mão direita. Pode ser um disparo, mas isso será esclarecido após os exames”, disse o Delegado, que já tem uma linha de investigação a seguir e um suspeito que a equipe está atrás.

RECLAMAÇÃO

Durante a entrevista, o Delegado reclamou que os moradores da localidade, talvez com medo de represálias, contribuem muito pouco para a ação policial.

“Os moradores têm medo de falar alguma coisa. É preciso a cooperação deles. Basta ligar para o telefone 3398-2500, que guardaremos a identidade e manteremos no mais absoluto sigilo todas as informações”, garantiu.

INQUÉRITO

Com as dificuldades encontradas para arrolar as testemunhas, o prazo para a conclusão do inquérito policial poderá se estender um pouco mais. Para a conclusão dos trabalhos de perícia, o Delgado acredita que serão necessários dez dias.

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