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Contra cortes e reforma, professores e estudantes protestam em frente à UFMS

Movimento aguarda cerca de 10 mil pessoas até o fim da manhã

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Foto: Marcos Ermínio | Midiamax

Pelo menos 2 mil pessoas, entre estudantes e professores, protestam na Avenida Costa e Silva, em frente à UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), contra os cortes orçamentários na educação e contra a proposta de reforma da previdência proposta pelo governo federal.

De acordo com a organização, cerca de 10 mil pessoas são aguardadas na paralisação, que deve seguir por toda a manhã. Além de estudantes da UFMS, IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) e da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do SUl), entidades sindicais como a Fetems, Adufms, ACP, Sinted, e Sista-MS estão no local.

Agentes de trânsito fazem o ordenamento viário e orientam motoristas na rotatória da Interlagos. Apesar da Avenida Costa e Silva não estar obstruída, há um pouco de lentidão no trânsito. Segundo levantamento, diversas escolas estaduais e municipais estão sem aula nesta quarta-feira.

Para a presidente da Adufms (Associação dos Docentes da UFMS), Marilza Guimarães, os cortes orçamentários na educação vão representar engessamento do ensino e da pesquisa, o que será refletido em diversos setores da sociedade, dentre eles, a saúde. Além disso, a reforma da previdência também afeta diretamente a remuneração e tempo de serviços dos professores.

“São situações que vão fazer o rendimento da educação despencar. É por isso que estamos fazendo esse ato, para convocar a população. Mais atos vão acontecer à frente e no próximo mês haverá nova paralisação de educadores e estudantes”, alerta.

Marilza também alerta para a união entre estudantes e professores. “Essa união faz toda a diferença, principalmente nesse momento, porque há uma compreensão geral de que os cortes e a reforma vai prejudicar todo mundo, de estudantes a professores e todos os outros trabalhadores”, acrescenta.

Uma das organizadoras da paralisação, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), também faz coro aos malefícios dos cortes e da proposta de reforma.

“Esse ato é justamente para chamar atenção da sociedade. Quando as universidades e as escolas sofrem com os cortes, todo mundo, o país inteiro é prejudicado. Isso tira a chance de muita gente estudar, então não é um problema só da educação”, aponta Teixeira.

O estudante de medicina Gabriel Vilela, de 22 anos, é um dos estudantes que está no ato durante esta manhã. Segundo ele, há um consenso de que o corte orçamentário em universidades causa problemas generalizados.

“Eu estava atendendo no ambulatório da UFMS quando soube da notícia dos cortes. Eu pensei justamente naquele lugar. Como faríamos para dar sequência aquele serviço tão importante? Como as pessoas poderão recorrer aos hospitais universitários, se não vai ter verba? Como será a formação de médicos e demais profissionais da saúde”, questiona.

A partir das 14h, a manifestação seguirá para a Praça Ary Coelho, onde pesquisas científicas que demonstram os malefícios dos cortes orçamentários na educação.

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