Buscar

Dr dengue: MPF responsabiliza Nelsinho Trad por epidemia de dengue em Campo Grande

A administração do prefeito-pastor Gilmar Olarte, comandada pelo Clã Trad não se deu conta da propagação do mosquito Aedes Aegypti. Com 77 casos de dengue notificados de 20 a 26 de abril. Campo Grande poderá viver uma nova epidemia de dengue como aconteceu na administração Nelson Trad Filho (PMDB). O primo de Nelsinho, que era secretário de saúde do município na época, e hoje deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), chegou a ganhar o apelido de Dr Dengue pela população afligida pela doença.

Epidemia em Campo Grande

Por dia, uma média de 421 casos suspeitos de dengue era registrados em Campo Grande, segundo os dados divulgados pela Secretaria de Saúde (MS). De janeiro até março de 2010, dez pessoas morreram na cidade com sintomas de dengue hemorrágica, um estágio mais avançado da doença, três das quais já confirmados em exames laboratoriais.

Ainda segundo o relatório, a capital viveu uma de suas piores epidemias de dengue desde de 2007, ano administrado por Nelson Trad Filho e Mandetta.

Nos dois primeiros meses de 2010 foram registradas 17.429 notificações da doença, volume que supera em 53 vezes os casos anotados em janeiro e fevereiro do ano passado, quando 328 pessoas ficaram doentes com suspeitas de dengue, segundo o relatório municipal.

A última vítima da dengue hemorrágica morreu no mês de março de 2010. O motorista aposentado Xisto Ramão Sadhas, de 55 anos, nunca havia sido contaminado pela doença, segundo sua família.

Em meio a já considerada epidemia, os 2.5 mil agentes de saúde que combatem o aedes aegypt, mosquito transmissor, deflagraram greve na última terça-feira, por melhoras salariais.

De acordo com a pesquisa da Secretaria, a dengue, em janeiro, por exemplo, foram notificados 7,2 mil casos e, em fevereiro, 10,2 mil de 2010.

O volume de casos suspeitos de 2010 impressiona se comparado aos registros da doença dos dois últimos anos. Juntos, em todo o ano de 2008 e de 2009 foram registrados 4,7 mil casos.

Em 2007 a população campo-grandense sofreu a pior epidemia de dengue da história da cidade, quando foram notificados 45.663 casos, 26 mil dos quais registrados nos dois primeiros meses do ano.

MPF culpa Nelsinho Trad e Mandetta pela epidemia de 2007 e 2010

Este Relatório apresenta os resultados de ação de controle desenvolvida em função de situações presumidamente irregulares ocorridas no município de Campo Grande/MS, apontadas à Controladoria-Geral da União - CGU, que deram origem ao processo nº 00190.006351/2011-03.

Sobre o assunto, encontra-se em andamento o Procedimento Administrativo junto ao Ministério Público Federal (Procuradoria da República MPF/PR/MS nº 1.21.000.000295/2011-08)

O presente trabalho foi realizado no período de 04/07/2011 a 05/08/2011. Foram analisados os itens financiados com recursos repassados ao município no período de 01/01/2009 a 31/12/2010 pelo 

MINISTÉRIO DA SAUDE.

*As situações irregulares apontadas à CGU e examinadas neste trabalho dizem respeito à verificação da aplicação dos incentivos financeiros repassados ao Município de Campo Grande/MS, recebido por incorporar os Agentes de Controle de Endemias na composição das Equipes de Saúde da Família, mais especificamente sobre:

a) Utilização do incentivo financeiro não está sendo utilizado na finalidade para qual foi instituído;

b) Os equipamentos utilizados pelos Agentes de Combate a Endemias - ACE, inclusive de proteção individual, adquiridos pelo município para utilização nas ações de vigilância em saúde não são adequados às ações a serem executadas;

c) Os Agentes de Combate às Endemias, incorporados às equipes de Saúde da Família para serem utilizados nas ações de vigilância em saúde não estão recebendo o incentivo financeiro repassados pelo Governo Federal;

d) Os inseticidas utilizados pelos agentes de combate às endemias se encontram com a validade vencida.

No Procedimento Administrativo MPF/PR/MS nº 1.21.000.000295/2011-08, impetrado pelo advogado G. F. S. perante o Ministério Público Federal – MPF contra o prefeito municipal de Campo Grande – MS, sr. N. T. F., o impetrante alega que os Equipamentos de Proteção Individual – EPI são ineficientes, conforme trecho que transcrevemos a seguir:

**“Não bastando isso, corrobora os laudos, exames e diagnósticos médicos que deixa claro que a saúde dos Agentes de Saúde não anda em boas pernas, conforme alguns dos inúmeros documentos existentes. Documento em (Doc. 27 a 40), claramente resultante da ineficiência do Equipamento Pessoal Individual – EPI, que a Prefeitura Municipal disponibiliza os seus servidores.” **

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.