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Empresa poderá responder na Justiça por morte de peixes do Aquário do Pantanal

Anambi Análise Ambiental recebeu R$ 5,2 milhões pelo serviço e contrato foi rescindido

Peixes vivem em tanques improvisados na sede da PMA (Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado)

Depois de ter o contrato de R$ 5,2 milhões rescindido pelo Governo do Estado, a empresa Anambi Análise Ambiental poderá responder na Justiça pela morte dos peixes que serão transferidos para o Aquário do Pantanal depois de a obra pronta.

O Correio do Estado publicou, há quase 20 dias, a informação de relatório que indicava morte de milhares de peixes.

De lá para cá, o Governo se calou e apenas no fim da tarde de ontem (29) informou ter rescindido o contrato com a Anambi, empresa contrata na gestão de André Puccinelli (PMDB) para capturar e manter os peixes em tanques improvisados. A quarentena se arrastou por meses e vários peixes não resistiram.

Em agenda pública na manhã desta terça-feira (30), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que a empresa poderá ser responsabilizada pelas mortes e ainda responder judicialmente.

Segundo Azambuja, a comissão criada nos seus primeiros dias de governo e que envolve órgãos fiscalizadores e representantes do Governo tem o poder de “acionar judicialmente para que a empresa repare os danos ao Estado”, afirmou Azambuja.

Além de rescindir o contrato, o Governo do Estado publicou hoje em Diário Oficial que encerrou o projeto de pesquisa mantido com a Anambi. Trata-se do projeto Biodiversidade para todos: da água à popularização da ciência e proteção da vida por meio do aquário do pantanal. 

O governador fez, ainda, duras críticas à situação de milhares de peixes terem sido capturados sem que houvesse uma data confirmada para a conclusão da obra. Há algumas semanas, o Governo chegou a afirmar que em novembro deste ano concluiria o Aquário, mas ontem voltou atrás, por meio de nota, e afirmou que não há prazo.

MORTES

Ainda segundo a nota, não será escolhida outra empresa e a manutenção dos peixes ficará a cargo do próprio governo, pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) para contenção de gastos.

Para evitar a morte de mais peixes e mais desperdício de dinheiro público, o governo sinalizou que os animais continuem nos tanques da quarentena até a conclusão do Aquário.

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