Publicado em 26/02/2014 às 08:09, Atualizado em 26/10/2016 às 09:04

Família vive dilema para conseguir tratamento de jovem com suspeita de H1N1 na Capital

Mãe de jovem precisou comprar medicamentos

, MS Record

Uma família luta para conseguir tratamento adequado para uma jovem que está com suspeita de H1N1. Mãe, pai e tio da moça denunciam uma série de irregularidades no atendimento e no encaminhamento de casos como o da universitária Priscila Kelly Oliveira Magalhães.

A mãe da jovem universitária conta que a filha Priscila, que esta com suspeita de H1N1, não conseguia leito e uma ambulância para a internação. Ha duas semanas a jovem sofre de febre alta e fortes dores abdominais. 

A jovem que estava sendo atendida na UPA na região do bairro universitário. Onde, segundo a mãe, até medicamentos precisou comprar.

“Não tinha medicação ela passoui a noite sem tomar medicação, esperei amanhecer liguei para o meu esposo, e foi comprar os antibióticos,  a gente teve que procurar um advogado se não, não conseguiríamos tirar ela de lá. A médica ainda perguntou para nós, se poderíamos pagar particular, ou se tínhamos algum convênio porque o SUS é desse jeito mesmo”, explica Rozenir.

Nas mãos apresenta uma Ordem Judicial que conseguiu para exigir a internação da filha em outra unidade. Mas o tio Jesse Nogueira Magalhaes conta que até mesmo a remoção da paciente foi marcada por uma sucessão de erros, pelo risco de uma possível contaminação.

“Quando saiu a Ordem judicial, o médico simplesmente ignorou essa ordem e segurou ela mais fuás horas na UPA, e alegou que só ia atender o caso dela quando o paciente que ele estava atendendo morresse, expos todos da UPA para contaminação desse enfermidade colocou ela em uma ambulância comum sem assistência médica somente com enfermeiro, não comunicou ao Hospital a gravidade da paciente, o hospital sem saber dessa gravidade  atendeu ela na pediatria, juntamente com as crianças que estavam aqui  ”, diz o tio de Priscila.

Priscila Kelly esta internada em um Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do PAM no Hospital Regional. Segue isolada de outros pacientes - pelo menos até a confirmação do diagnóstico.

“A família toda está em desespero”, finaliza Rozenir.

Conforme a assessoria de imprensa da prefeitura de Campo Grande, a demora para o encaminhamento da paciente ocorreu, por falta de leito, mas como o caso era de alta complexidade, o secretário municipal de saúde autorizou o encaminhamento para uma unidade particular, o que não chegou a acontecer já que a central de regulação conseguiu vaga no Hospital Regional de Campo Grande.

O Hospital Regional afirma que não é referencia no tratamento de doenças contagiosas. No entanto, diante da complexidade do caso que envolver a ação judicial, o hospital não negou atendimento a jovem. Agora ela está internada, isolada, aguardando o resultado do exame que deve sair até o final da tarde.

Com relação as denuncias feitas pelo tio da paciente, a assessoria de comunicação informou que vai apurar as informações para posteriormente falar sobre o assunto.

E a Secretaria de Saúde de Corumbá, publicou nota em resposta à divulgação, feita em redes sociais de que casos de H1N1 teriam sido registrados na cidade.

Na nota, a secretaria trata a informação, como boato que o vírus influenza H1N1 está descartado e que não há indício da doença contagiosa, no município.

A publicação reforça ainda que hoje o médico infectologista de campo grande, Rivaldo Venâncio chega à Corumbá para participar de uma reunião com toda a rede de saúde da cidade, para tratar dessa e de outras questões.