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No 1º de aula, criança sai da escola sozinha e é encontrada 2 km distante em Campo Grande

Mãe contou que ficou sabendo do desaparecimento do filho apenas na hora de ir buscá-lo

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Divulgação redes sociais

A família de um garoto de 5 anos passou por um grande susto nessa terça-feira (8), ao buscar o filho no 1º dia de aula e descobrir que o menino não estava na escola.

A mãe do pequeno, Juliana Oliveira, contou que ela e o marido chegaram na escola SuperAção, no bairro Coophavila 2, por volta das 16h50, horário de saída das crianças. O nome do menino foi chamado diversas vezes no microfone, mas ele nunca aparecia.

"Foram chegando outros pais para buscar os filhos e todos apareciam, menos o meu. A professora pediu para que nós o procurássemos pela escola, pois meu filho não estava sendo encontrado", contou.

Juliana disse que, nesse momento, ela e o marido reviraram todos os cantos do colégio, mas não o encontraram. Os pais começaram a ficar desesperados e contaram com ajuda de vizinhos do local, além do presidente do bairro, que mobilizou os moradores para procurarem o garoto.

Enquanto procuravam, a escola questionou aos pais se ninguém havia buscado o menino. A mãe respondeu que não deixou ninguém autorizado, além dos pais.

Após intensa procura, inclusive na feira do bairro que acontecia no dia, o casal decidiu ir até à delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência.

"Em nenhum momento a escola deu algum suporte ou ajudou nas buscas. Apenas pediam desculpas pelo ocorrido", disse a mãe.

Na delegacia, receberam a ligação de um familiar que informava que o pequeno foi encontrado por uma pessoa, e que estava bem.

Encontro

Após ter saído da escola pela porta da frente, o garoto percorreu cerca de 17 quadras até chegar próximo da rotatória, na saída para Sidrolândia, distante 2 quilômetros do colégio.

Gracieli Verruck, quem encontrou o menino, disse que a vida conspirou para que ela o encontrasse e pudesse ajudá-lo.

"Eu vim no bairro Parque do Sol e acabei me enrolando para ir embora, não era para eu estar passando por ali naquele horário. Quando cheguei na avenida, fiquei aguardando para poder seguir, pois estava muito movimentado", relatou.

Ela disse que ficou observando o garoto para ver se os pais viriam logo atrás, quando percebeu que ele estava sozinho.

"Eu fiquei olhando ele tentar atravessar. Um caminhão passou e quase acertou ele. Eu larguei a moto e disse para ele: 'espera a tia, que eu vou te ajudar'".

Gracieli relatou que o menino ficou parado no canteiro central até que ela pudesse pegá-lo e colocá-lo do outro lado da pista, em segurança.

Ela perguntou à criança o nome, o que ele fazia por ali, quando ele disse que morava pela região. Durante esse meio tempo, ela parou em um mercado para comprar um refrigerante, pois ele dizia que estava com sede.

Gracieli aproveitou para perguntar para os funcionários se eles conheciam o menino, pois o garoto estava perdido.

Ela tentou achar uma escola da região, pois achava que o menino estudasse próximo de onde foi encontrado, mas não encontrou.

"Eu percebi que não iria achar nenhuma escola perto, e pensei 'bom, vou procurar o Batalhão da Polícia'", contou.

Quando estava quase chegando no Batalhão, foi abordada por uma senhora que disse que a família do garoto estava à procura dele, levando-o até os familiares.

"Ele tem o físico, a aparência e quase a idade do meu filho menor. Na hora, eu fiquei tão nervosa, mas não poderia demonstrar para ele, para que ele não se assustasse".

O reencontro com os pais foi muito emocionante, mas deixou todos os envolvidos bastante abalados emocionalmente.

A mãe do menino e Gracieli disseram que, até o momento, ainda estão mal com toda a situação, que poderia ter outro final.

"Eu só tenho a agradecer primeiramente a Deus e segundo pela Gracieli, que salvou ele. Foi um anjo que entrou em nossas vidas", disse Juliana.

Medidas cabíveis

A família do menino informou que ingressará com uma ação judicial contra a escola, pois alegam que apenas desculpas não reparam o que aconteceu e o que poderia ter acontecido com ele.

Além disso, relatou que o colégio, até o momento, não procurou a família para tentar reparar a situação. Segundo ela, apenas informaram que a funcionária que abriu a porta para a criança foi demitida.

"Nós já estamos vendo outra escola para colocá-lo, mas ainda assim estamos receosos depois de tudo que aconteceu", finalizou.

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