Buscar

PM ‘fecha o cerco’ contra flanelinhas que atuam irregularmente

Flanelinhas são abordados na rua 14 de Julho, no Centro da Capital. (Foto: Saul Schramm/O Estado MS)

Apesar de existir uma orientação antiga, a PM (Polícia Militar) não dava tanta atenção aos “flanelinhas” até a última semana, quando nove foram presos após denúncia de extorsão de fiéis do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Com os últimos casos ocorridos, o comando da PM determinou a todos os batalhões que reforcem a fiscalização.

De acordo com o coronel Deusdete de Oliveira, comandante da corporação, cuidadores que não possuem registro pode ser autuados por exercício ilegal da profissão, mas a polícia precisa fazer o flagrante ou receber denúncia. “Esses flanelinhas que não tem cadastro tem que sair da área, não podem ficar atuando”, explicou.

“Sabemos que existe uma coação dessas pessoas contra os motoristas, ameaçando que vão fazer algo com o carro, por exemplo, se não pagarem. Orientamos nossas guarnições para não deixar isso acontecer, mas precisamos da denúncia do motorista para configurar a prática ilegal da profissão e de que há uma ameaça”, detalhou.

Ainda segundo Oliveira, a recomendação para “fechar o cerco” contra flanelinhas foi dada após os casos mais recentes. “Não é uma orientação nova, mas por conta dos últimos casos, tem uma atenção maior. Geralmente, essas situações acontecem próximo de estabelecimentos comerciais e locais onde há eventos e aglomeração de pessoas”, completou.

No fim da tarde desta segunda-feira (15), uma viatura do 5° Companhia Independente de Polícia Militar realizou revista em algumas pessoas na rua 14 de Julho, na esquina com a rua João Pedro de Souza, próximo a um prédio da Justiça do Trabalho, onde esses flanelinhas aproveitam o grande movimento e cobram para “olhar” os carros que ficam estacionados na rua.

Muitos destes guardadores de veículos são moradores de rua e também fazem uso de entorpecentes. Eles cobram para cuidade carros exatamente para manter o vício. “Outro caso de flagrante é se na revista a guarnição encontrar algum material ilícito, como a droga. Aí sim podemos encaminhá-los à delegacia também”, disse o comandante da PM.

Nesta terça-feira (16), o jornal O Estado publicou uma matéria apontando que alguns locais de Campo Grande são “loteados” pelos flanelinhas que possuem inclusive um “código de ética” próprio.

Além do caso na Perpétuo Socorro, outros dois flanelinhas foram presos na madrugada do dia 7 deste mês por tentar extorquir um rapaz que havia estacionado seu carro na avenida Mato Grosso esquina com a Calógeras, em Campo Grande. Sentindo-se coagida, a vítima procurou a Polícia Militar para denunciar o caso.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.