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Polícia prende suspeito de fornecer placas a grupo que matou empresário

Detran suspendeu atividades da empresa que fez emplacamento.Empresário foi morto e teve o carro roubado no dia 1º de abril.

Uma pessoa envolvida na emissão e fornecimento das placas falsas para os acusados da morte do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal foi presa pela Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (Defurv). A titular da unidade, Maria de Lourdes Cano, diz que o suspeito era ligado à Íons Comércio de Placas Para Veiculos Ltda.

Na edição desta segunda-feira (28) do Diário Oficial do Estado (DOE), o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MS) suspendeu as atividades da compahia a pedido da corregedoria do órgão. A medida é preventiva. O G1 entrarou em contato com a companhia, mas não obtiveram retorno até a publicação desta reportagem.

Conforme a delegada, a empresa está sendo investigada porque, ao fornecer as placas sem documentar quem fez a encomenda, teria descumprido uma das normas estabelecidas pelo Detran para a confecção do produto.

Uma dessas normas é que nenhuma placa poderá ser entregue, a quem quer que seja, a não ser quando conduzida por alguém da empresa até o Detran, responsável por procedimento administrativo junto ao veículo, esclareceu.

Quando o carro do empresário foi localizado as placas originais do veículo já haviam sido trocadas. A princípio, imaginávamos que fossem retiradas, clonadas ou furtadas de outros veículos, mas, na realidade, foram confeccionadas em Campo Grande por uma empresa credenciada ao Detran. Então está sendo apurado como e quem solicitou essas placas, explicou a delegada.

Conforme Maria de Lourdes, o proprietário da empresa já foi ouvido. Na época, ele não soube informar à polícia quem encomendou o produto. Relatou que a encomenda foi feita por telefone em um dia tumultuado na companhia e que por isso os dados do comprador não foram anotados.

O Detran também prestou depoimento sobre o caso e informou, segundo a delegada, que os documentos necessários para a confecção das placas não passaram pelo órgão. Alguém vai ter que aparecer para nos trazer a documentação de quem solicitou e de quem conduziu essa placa até o Detran, porque o Detran já disse que, documentalmente, lá essas placas não chegaram, ponderou.

A corregedoria do Detran instaurou procedimento administrativo para apurar também se houve envolvimento de servidores do departamento na emissão e fornecimento irregular dessas placas. O resultado da investigação sobre como a quadrilha conseguiu as placas será encaminhado pela delegada Maria de Lourdes ao judiciário.

(Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)

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