Na Santa Casa de Campo Grande, a lotação do setor de pré-ortopedia causa transtornos a pacientes com fraturas, à espera de cirurgia. Muitos aguardam no corredor do local, que realiza 1,2 mil dos 2,5 mil procedimentos cirúrgicos feitos por mês no maior hospital do estado.Segundo a direção do hospital, a situação se deve à falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que faz pacientes de emergência, que passaram por cirurgia e deveriam ser encaminhados para UTI, fiquem em uma das 16 salas do centro cirúrgico. Isso porque não há outro espaço com equipamentos necessários para o atendimento.
Ainda de acordo com a direção da Santa Casa, o cenário deve começar a mudar a partir da entrega do Hospital do Trauma, anexo do hospital, que devem ocorrer no fim de 2014. Com isso serão mais 138 leitos de ortopedia, seis alas cirúrgicas e 12 leitos de UTI. Os gastos até agora giram em torno de R$ 10 milhões. Mas há o risco de o problema não ser resolvido por conta da demanda que tem aumentado bastante.O presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS), Valdir Shigueiro, considera a situação crítica. Conforme ele, muitas vezes, o médico trabalha em uma sobrecarga sem ter infra-estrutura adequada para atender os pacientes. O que estamos precisando: aumentar o número de leitos, melhorar a infra-estrutura hospitalar e, ao mesmo tempo, não ficar só sobrecarregando a capital. O interior também precisa se reestruturar.
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