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PSDB troca comando e diz que foco é governo, mas mira em Rose na Capital

Vice-governadora é cotada para disputar a Prefeitura em 2016

Professora Rose ao lado do médico Lívio Leite, na eleição municipal do PSDB, neste domingo (Foto: Cleber Gellio)

Com o discurso de que ainda é cedo para falar nas eleições municipais de 2016, o PSDB fez neste domingo (31) a eleição da nova executiva do partido em Campo Grande. Em que pese o discurso cauteloso sobre a disputa do ano que vem, o nome da vice-governadora, Professora Rose, é o mais cotado para eventual candidatura própria na Capital.

A chapa única para comandar o diretório municipal é encabeçada pelo médico Lívio Viana de Oliveira Leite. 

“Não estamos focados nas próximas eleições, o foco do partido agora são os resultados do governo”, pondera Lívio Leite, referindo-se à gestão de Reinaldo Azambuja. Segundo o médico, o nome da vice-governadora “seria bem aceito” para a disputa em 2016 na Capital, mas somente em setembro o assunto deve entrar na agenda oficial dos tucanos.

Presidente municipal desde 2011 e atual secretário estadual de Administração, Carlos Alberto de Assis concorda que, em caso de candidatura própria, “Professora Rose é o nome mais indicado” do PSDB em Campo Grande. “Isso ainda não foi discutido, vamos esperar primeiro as eleições do diretório estadual, ainda vamos estudar”, desvia, destacando que a vice-governadora é atuante e tem boa receptividade no ninho tucano.

Rose, por sua vez, reforça o discurso de foco no governo e joga a responsabilidade para o partido. “Fico feliz em ter o nome lembrado, estamos no cargo de vice-governadora e em uma secretaria muito importante (a de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho), trabalhando pelos resultados do governo. Ainda não estamos discutindo (eleições 2016), é muito cedo, mas se nosso nome for indicado, estamos à disposição para aquilo que o PSDB decidir”, resume ela, que também já foi vereadora em Campo Grande por duas vezes.

O governador não participou da eleição neste domingo. Segundo assessores, ele estava no interior do Estado e não chegaria a tempo.

A própria cena política é usada como argumento dos tucanos para postergar a discussão sobre as eleições: por um lado, o atual prefeito, Gilmar Olarte (PP), chegou ao cargo após a cassação de Alcides Bernal (PP) pelos vereadores, o que para alguns traz instabilidade ao cenário; ao passo que, em nível federal, está sendo votada a reforma política na Câmara dos Deputados, podendo eventualmente mudar regras eleitorais e influenciar nas decisões partidárias. Na conjuntura política atual, o PSDB ganhou força principalmente após o desempenho de Reinaldo na Capital em 2012, quando teve 113,6 mil votos e quase tirou do candidato do PMDB, Edson Giroto, a chance de disputar o segundo turno, e na vitória do ano passado para o governo.

Carlos Alberto lembra destas duas eleições ao comentar seu trabalho à frente do partido na Capital. Primeiro, em 2012, com o Pensando Campo Grande, depois transformado em Pensando MS, ano passado, programa que consiste em fazer pequenos congressos e debates localizados para diagnosticar as principais necessidades das regiões. “Nosso maior legado é ouvir as pessoas. Deu certo em Campo Grande e se confirmou na eleição para governador”, sintetiza.

*Resultados

Lívio foi eleito com 216 votos favoráveis. O pleito ainda registrou sete contrários, três brancos e dois votos nulos. 

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