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Rapaz culpa desnível em avenida por acidente fatal 

Jovem nega ter empinado motocicleta e provocado morte de namorada, de 17 anos 

(Foto: Valdelice Bonifácio )
(Foto: Valdelice Bonifácio)
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Enquanto chora o moto-entregador Thiago Angelo de Lima, de 21 anos, é consolado por familiares e amigos que o visitam com frequência desde a tragédia de domingo, 18 de janeiro, quando ele colidiu a motocicleta Twister em uma árvore às margens do Córrego Segredo, na Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande. A namorada Vitória Nunes, de 17 anos, que estava na garupa foi arremessada para dentro do córrego. Os dois foram socorridos, mas a jovem morreu na Santa Casa. O rapaz nega que estivesse dirigindo perigosamente. 

“Gosto de empinar moto, mas em local apropriado, naquela via eu nunca faria isso”, assegura o rapaz. Na versão dele, havia um desnível na pista que inclinou a motocicleta. Ao olhar para a namorada, a motocicleta teria entrada no meio fio, onde ele perdeu o controle do veículo. “Só sei que a moto puxou com tudo para o lado esquerdo, eu ainda tentei equilibrar, mas não consegui e aí o veículo entrou no meio fio. Depois disso não me lembro de mais nada. Acordei na Santa Casa”, relata. 

O perfil de Thiago no Facebook tem várias fotografias do rapaz empinando motocicleta. Ele não nega que gosta deste passatempo. “Participo de eventos neste sentido, mas em locais onde há tudo preparado para isso. Nunca me arrisquei fora disso e muito menos arriscaria a vida de outra pessoa”, afirma. Thiago assegura ainda que desconhece o grupo de motociclistas que fez manobras radicais durante o cortejo para o sepultamento da namorada na tarde de ontem. A atitude teria indignado familiares da vítima. “Talvez sejam amigos dela. Eu não reconheço ninguém ali”, diz sobre as fotos divulgadas na internet.  Thiago agora repousa em casa. Ele quebrou a clavícula e o tornozelo direito. 

O rapaz ainda não foi chamado para prestar depoimento à polícia, mas segundo informações extraoficiais, Thiago poderá ser indiciado por homicídio culposo quando não há intenção de matar. 

A mãe do rapaz, a diarista Eleonete Vilhagra Angelo, 40 anos, afirma estar entristecida com a atitude da família da jovem que, segundo informações repassadas por terceiros, prefere distância. “Talvez, eles estejam procurando um culpado para se confortar. Porém, todos os dias acontecem fatalidades. Foi justamente o que aconteceu, um acidente”, analisa. 

Ninguém da família de Thiago foi ao velório da jovem. “Recebemos recados de amigos dela afirmando que não queriam ninguém de nós lá. Por isso, não fomos”, conta a irmã do rapaz Pâmela Angela Lima, 18 anos. “Infelizmente, fomos proibidos de ir lá”, acrescenta Eleonete, mencionando que até agora não se comunicaram diretamente com a família de Vitória.

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