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Rapaz executado a tiros era traficante e tinha fama de intimidador

Delegada que preside enquérito diz que Elton era agressivo e ameaçou muitas pessoas

(Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado)

Elton Troche de Mendonça, 24 anos, executado a tiros na oficina mecânica onde trabalhava e morava era traficante e tinha fama de intimidador. A informação é da delegada que coordena as investigações, Célia Bezerra, da 4ª Delegacia, que diz ainda não ter identificado suspeito de autoria no crime.

Segundo a autoridade policial, Elton não era autor somente de dois casos de ameaças que haviam sido denunciados à polícia, mas, sim, de inúmeros outros. “Ele era agressivo, intimidava e ameaçava usuários que lhe deviam por compras de drogas. Tenho seis nomes e estamos em buscas para localizá-los e colher informações. Neste caso, é difícil identificar todos que a vítima ameaçou. Por serem usuários, têm medo de buscar a polícia e acabar sobrando para eles”, pontuou a delegada.

Além disso, a delegada apurou que a vítima tinha um revólver calibre 38, o qual não foi encontrado na casa, somente uma munição apreendida.

Ainda de acordo com Célia, fato que chama atenção é que o assassino passou por um cão pitbull, que é criado no local, evidenciando que fazia parte do convívio de Elton.

PASSAGENS

Contra Elton, há na polícia registro de furto e duas ameaças. A última delas ocorreu em abril deste ano, em que a vítima foi um familiar dele. Segundo a delegada, um tio, o qual foi convocado a prestar depoimento na tarde desta quarta-feira (19).

Na ocorrência sobre o caso consta que Elton teria passado em frente à casa do tio de motocicleta e, com arma de fogo, feito-lhe ameaças de morte. O rapaz exigia morar em uma casa da família, que foi deixada como herança e está desocupada, mas em processo de inventário, na Justiça.

A autoridade policial está certa de que o crime está relacionado com ameças que a vítima fazia. Mas, trabalha para esclarecer o motivo: se por briga familiar ou no tráfico de drogas.

Sobre o envolvimento de Elton no tráfico, testemunhas o apontaram ontem como usuário, apenas. No entanto, a coordenadora do inquérito ouviu mais pessoas e descobriu que ele era vendedor de entorpecentes, cuja comercialização fazia diretamente nas ruas, longe do local onde trabalhava e morava.

O CRIME

O jovem foi encontrado morto na manhã de ontem (18), pelo pai, na oficina, que fica na Rua Padre João Delfino, no Bairro Itamaracá, em Campo Grande. Ele tinha quatro perfurações de tiros, sendo uma na cabeça, duas nas costas e outra em um dos ombros. 

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