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Simone Tebet afirma que eleição não será fácil para ninguém

A vice-governadora Simone Tebet (PMDB), pré-candidata do PMDB ao Senado, disse em entrevista ao Jornal do Povo, que as eleiçãodeste ano não será fácil para nenhum candidato. Ele reconhece que o nome do governador André Puccinelli (PMDB) seria o único imbatível na disputa pela vaga ao Senado, conforme as pesquisas. Entretanto, com a decisão dele, divulgada no final da tarde da última quarta-feira, em permanecer no comando do Estado até o final do ano quando conclui o mandato, Simone destacou que, a disputa a partir de agora, começa do zero para todos os pretensos candidatos ao cargo.

“A caminhada vai ser longa, mas, estamos todos empatados, começando do zero”, declarou a vice-governadora. Quanto ao seu possível adversário na disputa pela vaga ao Senado, o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), Simone declarou que não existe “franco favorito”. “Essa será uma eleição atípica para todos. Diante do quadro nacional, muitas coisas estão mudando, inclusive, com o advento das redes sociais, isso tudo reflete no processo eleitoral nos estados. Então, dentro dessa perspectiva, não existe o já ganhou para ninguém”, salientou.

Simone disse, que conhece o deputado federal Reinaldo Azambuja de longa data e o respeita, portanto, não poderia falar sobre a pessoa dele. Contudo, declarou que quem busca uma candidatura não pode escolher adversários, tem que acreditar e trabalhar para conquistar o objetivo. 

Questionada se sua pré-candidatura poderá contribuir com a pré- candidatura de Nelsinho Trad para o governo, respondeu que o nome de André Puccinelli tinha um peso importante nesse processo, até porque, conforme as pesquisas, ele era o preferido ao Senado em todos os municípios. Entretanto, argumentou que, também tem suas qualidades. “O André tem suas qualidades e eu tenho outras. Tenho uma força política na região do Bolsão e, por ser mulher, acho importante, até porque, a maioria do eleitorado do país, é formadopor mulheres. Acho que, a tendência é a de que mulher voteaem mulher”, declarou Simone.

Além disso, Simone Tebet é da opinião de que a pessoa não transfere voto. Segundo ela, a candidatura de Puccinelli ao Senado, poderia contribuir com o PMDB e até transferir uma pequena quantidade de votos, no entanto, essa transferência não seria decisiva na eleição do candidato ao governo. “Meu pai, por exemplo, foi governador, um senador atuante e tinha uma força política e, mesmo assim, em uma época não conseguiu eleger o seu candidato a prefeito em Três Lagoas. Então, a transferência de voto de senador para governador é pequena. E, por isso, a possibilidade de candidatura do André ao Senado não estava condicionada a eleição de Nelsinho, mas sim em garantir uma vaga ao Senado. Se o André fosse o candidato ao Senado, a vaga estava garantida”, argumentou.

DECISÃO

Quanto à decisão de Puccinelli em concluir o mandato de governador, Simone disse que a decisão ficou clara na reunião que ele teve com ela na última segunda-feira, e que só faltava o comunicado oficial, feito pelo governar na tarde da última quarta-feira. Para Simone, a decisão do governador foi tomada diante de um conjunto de fatores. “Um deles é a vontade pessoal em encerrar o seu mandato e a vida pública. E, na minha opinião, vai encerrar com chave de ouro, porque foi o melhor governador, inclusive vai sair melhor do que entrou. Acho que o fato dele ter perfil de executivo e não legislativo, porque é de ação e não de discurso, pesou na sua decisão também”, disse a vice-governadora.

Simone comentou que André estava angustiado com a “pressão” que vinha sofrendo para ser o candidato do partido ao Senado, já que ele quer concluir o mandato e dar prosseguimento aos projetos de obras lançados pelo programa MS Forte 2. “O André nunca quis ser candidato ao Senado, mas em um determinado momento, por ter sido convencido e o fato de eu ter aberto mão de uma possível candidatura minha, possibilitou  ele trabalhar, por um período curto, com essa hipótese. Mas, depois conseguiu argumento de foro íntimo, de que seria melhor continuar no governo”, explicou Simone.

 A vice-governadora disse ainda que não existia nenhum compromisso firmado com o governador de que ela seria a candidata do partido ao Senado. Embora, tenha sempre declarado que tinha o sonho de ocupar a cadeira que o seu pai ocupou em nome de Mato Grosso do Sul. Simone comentou que, independente da decisão do governador, estava  tranquila. “Eu já tinha trabalhado isso na minha cabeça, fiz um exercício de serenidade e aceitação, pois queria o melhor para todos. Tenho comigo que a gente não escolhe missão, cumpre. E, independente do resultado das urnas, do que vier pela frente, para mim já é uma honra ser pré-candidata ao Senado da República ”, declarou.

REUNIÃO

De acordo com a pré-candidata do partido ao Senado, na próxima segunda-feira o partido vai se reunir para discutir os dois últimos encontros regionais que vão acontecer. Um será realizado em Dourados e o outro em Campo Grande.  Simone disse que, agora é momento de organização interna para depois começar a percorrer os municípios e conversar com as lideranças da base aliada. “Dentro do que for permitido pela lei eleitoral, estaremos fazendo antes das convenções partidárias. Vou conversar com os prefeitos e vereadores, iniciar a pré-campanha, conforme prevê a legislação eleitoral”, frisou.

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