Após uma denuncia recebida na Delegacia de Policia Civil de Nova Alvorada do Sul na data de ontem (07), sobre a existência de trabalhadores sendo mantidos em situações degradante de trabalho escravo em uma Carvoaria em Nova Alvorada do Sul, foi montada uma força tarefa comandada pelo Delegado de Policia Civil Dr. Roberto Faria, juntamente com os investigadores Aguinaldo e Jesus, com o apoio da Policia Militar Ambiental Sub Tenente Ismael e Cabo Ademar.
A denuncia foi realizada por dois trabalhadores que conseguiram fugir do local na data de ontem, e compareceram na Delegacia de Policia par solicitarem apoio, sendo que na Carvoaria existiriam mais trabalhadores vivendo em situação de escravidão.
Conforme denuncia, os trabalhadores foram contratados por um aliciador na cidade de Ribas de Rio Pardo, e para cada trabalhador seria paga a importância de R$ 60,00 por dia de trabalho, livre de alimentação e pouso, foram agenciadas pelo “gato” vulgo Pastor, seis trabalhadores de diversas região, e os mesmo se encontravam trabalhando na Carvoaria desde o dia 16 de novembro de 2017, desde esse dia os mesmos se encontram vivendo em local insalubre, sem qualquer higiene e alimentação adequada, durante todo esse período que se encontram no local de quase quatro meses, em nenhum momento foi realizado o acerto financeiro entre o contratante e funcionários, inclusive quando ocorria à cobrança dos salários os mesmo eram ameaçados de morte. No local somente existia arroz e feijão para a alimentação dos funcionários, algo mais deveria ser caçado ou pescado pelos funcionário, no local não possuía agua tratada, para a higiene pessoal, e para beber era utilizada a água de uma lagoa próximo ao local.
A Fazenda onde se encontra a Carvoaria pertence a um morador de Nova Alvorada do Sul, mas conforme o Advogado do proprietário o mesmo possui o contrato de arrendamento e documentos que foram apresentados exclusivamente ao Folha da Cidade MS, a Carvoaria estaria arrendada e de responsabilidade para uma pessoa do município de Dourados.
No local, os policiais comprovaram a denuncia de serviços degradantes e insalubres aos trabalhadores, e conforme trabalhadores que se encontravam no local, o “gato” ao ter conhecimento da fuga dos trabalhadores na data de ontem também fugiu do local.
Conforme o Delegado de Policia Dr. Roberto Faria, as condições em que foram encontrados os trabalhadores são desumanas, eles estavam sendo submetidas a trabalho análogo à escravidão nesta carvoaria, estavam dias sem se alimentarem, agora que identificamos o proprietário da fazenda vamos solicitar toda a documentação e assim chegar aos responsáveis.
No local foram encontrados aproximadamente 900 sacos de carvão e 20 metros cúbicos de madeira.
Conforme levantamento realizado pelo Folha da Cidade somente de direitos trabalhistas e indenizações os valores podem serem superiores a mais de R$ 100.000,00.
Os trabalhadores foram identificados como Daniel Paes (42) de Corguinho, Osvaldino Pereira (55) de Ribas de Rio Pardo, Antônio Valdez (50) de Marcajú, Valter Dores (51) de Minas Gerais, Luciano Souza (28) do Maranhão e Jesus Albino (62) de São Paulo.
O Folha da Cidade MS acompanhou na integra e com exclusividade toda a operação.
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