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Jovem não suporta bullying de ‘melhor amiga’ e tira a própria vida em Campo Grande

Gabrielli sofreu ataques por parte da amiga, atentou contra a própria vida na última sexta-feira

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Divulgação

Recém-formada em medicina veterinária, boa filha e muito querida pelos amigos, Gabrielli Gonçalves, 23 anos, era cheia de sonhos e com a vida inteira pela frente, mas tudo foi interrompido por consequência de um bullying vindo da melhor amiga.

Gabrielli sofreu ataques por parte da amiga, atentou contra a própria vida na última sexta-feira, ingerindo alta quantidade de medicamentos na madrugada de sexta-feira (31), e o processo terminou com seu óbito na manhã dessa terça-feira (04), em Campo Grande.

Segundo informações do site A Onça, testemunhas disseram que Gabrielli e a melhor amiga não estavam se falando, e a “amiga” fazia ataques constantes à aparência de Gabrielli, principalmente no que se refere ao peso corporal, já que a veterinária se encaixa no padrão chamado plus size.

A briga teria se originado – supostamente – segundo uma testemunha, porque Gabrielli teve um relacionamento com um rapaz que seria ex da tal amiga, com quem ele teria se relacionado “no sigilo”. A moça não teria aceitado o fato, passou a se dizer “traída” e a atacar a veterinária com postagens e vídeos montados com o intuito de expor e zombar da vítima.

Gabrielli já havia enfrentado e superado outros episódios de depressão. Embora tenha sofrido bullying a vida toda, na fase adulta, havia decidido não se deixar mais atingir por isso e passou a reagir e responder aos ataques.

Infelizmente, os golpes mais dolorosos e fatais sempre vêm daqueles em quem acreditamos, confiamos e, principalmente, amamos. São dessas pessoas as traições que mais nos afetam, quando ocorrem. E com a jovem não poderia ser diferente, afinal, segundo relatos de amigos, “Gabi era só amor”. E do amor não se espera algo perverso ou maldoso, mas infelizmente, foi isso o que ela recebeu da “amiga”.

E, mesmo no momento de maior dor, quando mais precisou de ajuda, foi justamente a essa pessoa que Gabrielli tentou recorrer, mas estava bloqueada em todas as redes sociais e também sendo ignorada.

Segundo relato de Danniela Carneiro, mãe de Gabrielli, a filha estava bem, mas entrou em crise depois do problema com as amigas, que faziam chacota da filha, dizendo que ela era “gorda e falsa”.

As duas chegaram a conversar, mas de madrugada, Gabrielli acordou passando mal. Chegou a ser levada para o hospital, mas chegou lá já em coma e, até a manhã dessa terça-feira (4), a equipe médica fez o possível para reverter a overdose medicamentosa, mas foi em vão.

Na manhã dessa terça-feira (4), Gabrielli se foi, e com ela, todas as esperanças de um futuro promissor.

Bullying

Não é de hoje que se sabe o quanto o bullying pode ter efeitos devastadores na saúde mental da criança, e mesmo do adulto, quando expostos à prática, que é altamente maldosa e, às vezes, até cruel.

Infelizmente, mesmo depois de crescidos, muitos não têm noção ou não se importam – mesmo -, com as consequências de suas “brincadeiras” e “zoeiras”, ainda que tenham noção de que elas ultrapassam os limites aceitáveis de brincadeiras e zoeiras que são, de fato, saudáveis e fazem rir sem humilhar, subjugar ou prejudicar a outras pessoas, e sem afetar a saúde mental alheia.

No caso de Gabrielli, o que fica muito claro é que as ‘amigas’ tinham o intuito de se vingar da veterinária, por causa de algo rápido com um rapaz que era supostamente ‘ex’ de uma delas, em um relacionamento que, segundo uma testemunha, nunca chegou a ser assumido, porque a amiga era ‘amante’, e não namorada do rapaz.

Valorização da vida

Um suicídio afeta ao menos seis pessoas que estavam ligadas à vítima. Se você estiver passando por problemas, procure ajuda.

O Grupo Amor Vida é uma ONG sem vinculação político partidária e religiosa que presta gratuitamente, desde 2001, através de voluntários, atendimento telefônico à pessoa em crise emocional, com garantia de anonimato e sigilo, objetivando a prevenção do suicídio.

Não se trata de atendimento psicoterápico e sim humanitário. O usuário tem a oportunidade de desabafar com outra pessoa o seu sofrimento. Uma dor compartilhada dói menos.

Telefone: 0800 750 5554.

Com Meri Oliveira 

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