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“Se o bebê mexe, ela quer morrer”: o drama da menina grávida aos 12 anos estuprada pelo pai

A triste realidade é de uma menina de 12 foi estuprada pelo pai, engravidou, vivencia uma gravidez de risco e pensa em se matar.

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Pai foi preso na sexta-feira e caso foi divulgado pela Polícia Civil.

Uma vontade de morrer a cada vez que o filho mexe na barriga. A triste realidade é de uma menina de 12 anos que encara uma gestação triste sobre qualquer viés: foi estuprada pelo pai, engravidou, vivencia uma gravidez de risco e pensa em se matar.

Na sexta-feira (dia 31 de agosto), o pai, um homem de 36 anos, foi preso em Anastácio, pela violência sexual. Ele confessou o crime e tentou justificar que a filha consentia. Da delegacia de Polícia Civil foi para o presídio.

Conforme o advogado José Belga Trad, consultado pela reportagem, o aborto legal é previsto no artigo 128, inciso II, do Código Penal. A legislação prevê que não se pune aborto praticado por médico “se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal”. Em Anastácio, a intenção é que a criança vá para a adoção.

De acordo com a coordenadora do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) de Anastácio, a assistente social Débora do Carmo, a menina fez ultrassom na última quinta-feira. Não foi possível saber o sexo, o bebê se desenvolve bem, mas dentro de um corpo pequenino, que ainda não estava pronto para uma gestação. Segundo Débora, toda vez que o bebê mexe, a menina externa a vontade de morrer.

A intenção é que, após o parto, ela não tenha mais contato com o bebê, que será encaminhado para a adoção. “O relatório vai pedir ao juiz para não ter contato com a criança”. Agora, a menina mora com uma familiar e recebe acompanhamento psicológico.

Com muitas crianças, a família já era acompanhada pela assistência social por motivo de negligência, pois os pais são alcoólatras. Inclusive, com os filhos sendo acolhidos enquanto os pais se tratavam. Depois, voltaram ao convívio familiar.

“São acolhidos, trabalha a família e voltaram para a casa. A assistência social trabalha pelo fortalecimento do vínculo. A gente tem que acreditar no ser humano, principalmente pai e mãe”, afirma. A menina cuidava dos irmãos mais novos e o Creas interveio por questão de negligência.

A garota tem compleição física de 9 anos, o baixo crescimento é mais um resultado da pobreza e alimentação precária. Em termos mais exatos, é uma menininha, mirradinha, pequeninha e que, no meio de tanta tristeza, se encantou por uma boneca na sala da psicóloga.

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